Política
Bolsonaro cresce entre mais ricos, enquanto Haddad tem aumento na parcela mais pobre
Pesquisa foi divugada na última quarta-feira (17)
A pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira mostrou um crescimento do candidato PSL à Presidência, Jair Bolsonaro , entre a população que ganha mais de cinco salários. Já o candidato PT, Fernando Haddad , que está em segundo lugar na pesquisa, apresentou crescimento na parcela mais pobre da população. De acordo com o levantamento, Haddad cresceu sete pontos percentuais e passou de 26% para 33% entre os que declararam renda de até 1 salário míinimo. Bolsonaro manteve os 19% do último levantamento.
No caso dos eleitores com renda entre 1 e 2 salários, Haddad se manteve com 24% e Bolsonaro oscilou de 29% para 27%, dentro da margem de erro. Entre as pessoas com renda até cinco salários, Haddad subiu quatro pontos, e passou de 16% para 20%. O candidato do PSL manteve 39%. Bolsonaro, no entanto, leva a melhor em quem declarou renda acima de cinco salários. Ele cresceu cinco pontos e passou de 46% para 51%. Já Haddad caiu seis pontos e passou de 17% para 11%.
POR IDADE E ESCOLARIDADE
O candidato do PT apresentou crescimento entre a parcela que declarou escolaridade até a 8ª série do ensino fundamental. Ele teve aumento de oito pontos percentuais entre as pessoas que estudaram até a 4ª série, e passou de 26 para 34 pontos. Bolsonaro oscilou dois pontos e passou de 19% para 17%. Já entre quem estudou até a 8ª série do ensino fundamental ele teve aumento de seis pontos e passou de 22% para 28%. Bolsonaro passou de 27% para 25%.
Entre quem declarou ter ensino médio e superior completos, quem levou a melhor foi o candidato do PSL. Ele passou de 34% para 36% entre os que têm ensino médio completo. Haddad se manteve com 21%. O candidato do PSL também cresceu entre quem declarou ensino superior, e passou de 40% para 43%. Haddad manteve o mesmo patamar da última pesquisa e ficou com 14%.
Quando o corte é feito por idade, o petista cresceu entre as pessoas com 35 anos ou mais. Já Bolsonaro apresentou crescimento na parcela mais jovem. Na faixa entre 16 e 24 anos, ele passou de 31% para 32%. O petista passou de 20% para 22%. Já entre as pessoas de 25 e 34 anos, Bolsonaro subiu de 35% para 37%, enquanto Haddad manteve 22%.
Na faixa entre 35 e 44 anos, Haddad subiu quatro pontos e passou de 20% para 24%, enquanto Bolsonaro oscilou na margem de erro e caiu 1 ponto. Ele passou de 32% para 31%. Entre os eleitores de 45 a 54 anos, Haddad cresceu três pontos e passou de 20% para 23%. Já Bolsonaro manteve os 31% da última pesquisa. Na parcela de eleitores com 55 anos ou mais, o petista passou de 21% para 23%, enquanto o candidato do PSL caiu de 28% para 27%.
Entre as mulheres, tanto Bolsonaro como Haddad oscilaram dentro da margem de erro e subiram dois pontos percentuais. O ex-capitão do Exército passou de 24% para 26%, e o ex-ministro da Educação foi de 20% para 22%. O petista também apresentou crescimento entre os homens e passou de 21% para 24%. Já o candidato do PSL manteve os 39% registrados na última pesquisa.
No corte por região, o Sudeste, onde no último levantamento, divulgado no dia 1º de outubro, o candidato do PT havia apresentado uma queda de três pontos, foi justamente a região onde ele teve o maior crescimento na pesquisa divulgada na quarta: cinco pontos percentuais. Haddad passou de 13% para 18%, enquanto Bolsonaro se manteve com 35%.
No Norte e Centro-Oeste, o candidato do PT subiu dois pontos e passou de 23% para 25%. Bolsonaro manteve os 34% registrados no levantamento anterior. No Nordeste, onde o PT é historicamente mais forte - Haddad cresceu 1 ponto e chegou a 36%. Já o candidato do PSL manteve 21%. Ele, no entanto, subiu um ponto no Sul, assim como no candidato do PT. Enquanto Bolsonaro passou de 39% para 40, Haddad passou de 13% para 14%.
Já quando o assunto é religião, Haddad cresceu entre os católicos, e passou de 24% para 27%. Já Bolsonaro caiu um ponto e passou de 28% para 27%. Entre os evangélicos, no entanto, o candidato do PSL subiu e passou de 40% para 43%. Haddad também apresentou um aumento e passou de 15% para 16%. Entre os representantes de outras religiões, Bolsonaro subiu quatro pontos e passou de 28% para 32%. Haddad manteve 18%.