Política
Militar que foge do debate não honra a farda, diz Haddad
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, voltou a chamar o adversário, Jair Bolsonaro (PSL), de fujão.
Em entrevista à rádio Globo de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ele lembrou que estava programado para esta sexta-feira (26) um debate entre os dois na TV Globo e que o capitão reformado tinha autorização médica para participar, mas que Bolsonaro decidiu não ir por opção estratégica.
Ao falar para o eleitor do Centro-Oeste, onde enfrenta rejeição, Haddad prometeu dobrar o efetivo da Polícia Federal para federalizar o combate ao crime organizado. Ele disse que Bolsonaro propõe a privatização da segurança pública ao defender a liberação para compra de armas sem necessidade de porte.
"A proposta dele é privatizar a segurança pública, é um salve-se quem puder. Você se arma e você se defende", disse Haddad.
Na entrevista, o petista se apresentou como um professor que vive de seu salário e disse integrar a família Haddad que mora em Campo Grande.
Ele criticou Bolsonaro por ter apoiado proposta do governo Temer de adiar, para 2035, a implantação do Sisfron, que é o sistema de vigilância das fronteiras, prometendo antecipá-la em dez anos.
Haddad disse também que, além de absurda do ponto de vista pedagógico, a proposta de Bolsonaro de adoção de educação à distância no ensino fundamental prejudica o agronegócio, já que reduzirá a compra de alimentos para as merendas.
Sobre os conflitos de terra na região, Haddad disse existir um setor do agronegócio que não produz. "Simplesmente especula com a terra". Segundo ele, "o grande conflito de terra que existe no Brasil é por causa da baixa produtividade de parte do setor do agronegócio".
"Vamos colocar pressão sobre o agronegócio que não produz"., acrescentou. Com informações da Folhapress.