Política
Planalto estima entre 250 mil e 500 mil pessoas na posse de Bolsonaro
O acesso de pedestres será feito exclusivamente pela rodoviária, na região central de Brasília
O Palácio do Planalto estima que a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, no dia 1º de janeiro, terá entre 250 mil e 500 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. O acesso de pedestres será feito exclusivamente pela rodoviária, na região central de Brasília.
Ao longo da Esplanada, haverá quatro pontos de revista pessoal. A Esplanada contará com postos médicos, pontos de água, banheiros e telões. Vendedores ambulantes serão proibidos.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, informou que ainda não foi decidido se Bolsonaro vai desfilar em carro aberto. “Ela [a decisão] será tomada em função das circunstâncias, que vão evoluindo até a tarde do dia 1º. O presidente eleito ainda não manifestou sua preferência”.
Segundo o ministro, o planejamento está adotando medidas e precauções para garantir a segurança do presidente eleito, das autoridades e do público. “A Esplanada estará absolutamente segura para o dia da posse”.
Cautela
Sobre possíveis ameaças ao presidente eleito, Etchegoyen disse que “toda ameaça só deixa de ser ameaça quando é plenamente esclarecida”. “Vamos imaginar que o presidente Bolsonaro tivesse sofrido ameaça em julho. Se até hoje ela não está esclarecida, ainda é uma ameaça viva. Consequentemente, estará presente no planejamento”.
“Nós nunca tivemos um presidente que, durante a campanha, tenha sofrido uma tentativa de assassinato. Isso nunca aconteceu. Isso sugere, para quem é responsável por sua segurança, cautela”, acrescentou o ministro.
Ao ser mais uma vez questionado sobre novas ameaças a Bolsonaro. Etchegoyen afirmou: “Ameaças novas ao presidente eleito, todas permanecem vivas na medida em que forem sendo esclarecidas. Tivemos um episódio no Rio de Janeiro, que já se localizou alguém, era ameaça por mídia, e essa ameaça está neutralizada. Mas outras existem”, disse o ministro. “A nossa sugestão neste momento, já repassada ao futuro governo, é de que a segurança do presidente Bolsonaro tenha alguns cuidados a mais”.
Mais segurança
A segurança de Bolsonaro foi reforçada pela Polícia Federal após ele levar uma facada em ato de campanha, no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). No último dia 13, a Polícia Federal cumpriu, no Rio de Janeiro, mandado de busca e apreensão expedido pela 7ª Vara Federal Criminal do estado, com o objetivo de identificar o autor de postagens com ameaças de morte ao então candidato à Presidência da República.
A Esplanada será interditada a partir das 0h do dia 30 de dezembro. No dia 31, não haverá expediente de funcionários nos ministérios.
Segundo o Palácio do Planalto, não poderão ser levados para a Esplanada dos Ministérios no dia da posse armas de fogo, objetos cortantes, drones, produtos inflamáveis, fogos de artifício, apontadores laser, sprays, garrafas, bebidas alcoólicas, guarda-chuva, animais, bolsas e mochilas, máscaras, e carrinhos de bebê.
O GSI também divulgou procedimentos de segurança para o caso de ataques com agente químico, biológico, radiológico e nuclear. O panfleto informa que, se as pessoas apresentarem náusea, dor de cabeça, vermelhidão na pele, dificuldades para respirar e bolhas na pele, é possível que haja uma contaminação. O texto orienta que o público deve comunicar a ameaça ao encarregado de segurança, abandone o local e não toque no objeto que possa ser o causador da contaminação.