Política
Maia diz que objetivo é conseguir em 2 meses votos para Previdência
Presidente da Câmara deu declaração após se reunir com ministro da Economia
"O nosso problema é garantir em dois meses que a reforma da Previdência tenha 320, 330 deputados a favor. Esse é o desafio, e que a gente começa a trabalhar hoje", afirmou Maia.
Na avaliação de Rodrigo Maia, se a Câmara votar a proposta até maio, possivelmente entre junho e julho a PEC será aprovada pelo Senado.
Após se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, Rodrigo Maia afirmou que a proposta do governo federal é "muito boa" porque "vem agregando ideias". Ele disse não ter visto o texto, mas acrescentou que o tema é "importante".
"Acho que é uma proposta que está olhando para o futuro do Brasil, o futuro do nosso sistema previdenciário", declarou.
No ano passado, segundo o Tesouro Nacional, o sistema previdenciário registrou déficit de R$ 290,2 bilhões.
De acordo com Paulo Guedes, a intenção com a reforma da Previdência é economizar R$ 1 trilhão em dez anos.
Conteúdo falso
Ainda na entrevista ao lado de Paulo Guedes, Rodrigo Maia afirmou que, na opinião dele, a reforma da Previdência não avançou no governo Michel Temer porque setores da sociedade disseminaram conteúdo falso sobre a proposta.
O texto foi enviado à Câmara em dezembro de 2016 e chegou a ser aprovado pela comissão especial, em maio de 2017, mas não avançou desde então.
O ex-presidente Temer, contudo, costuma apontar como causa a divulgação das delações de executivos da JBS, também em maio de 2017.
As delações levaram a Procuradoria Geral da República a denunciar Temer ao Supremo Tribunal Federal - as denúncias foram rejeitadas pela Câmara e remetidas, nesta semana, à primeira instância da Justiça.
Reformas pactuadas
Na última sexta-feira (1º), quando foi reeleito presidente da Câmara, Rodrigo Maia defendeu em discurso que as reformas precisam ser "pactuadas".
"Precisamos modernizar as leis, simplificá-las. E precisamos comandar as reformas de forma pactuada junto com todos os governadores, prefeitos e partidos políticos. Nada vai avançar se não trouxermos para o debate aqueles que estão sofrendo pela inviabilização do Estado", disse.