Política
Políticos articulam frente de oposição para derrotar prefeito em Rio Largo
Numa disputa política a divisão pode alterar o resultado final e garantir a vitória de forças minoritárias. Rio Largo é um caso clássico em Alagoas.
Em 2012, Toninho Lins virou prefeito com 25,7% dos votos. Seu principal adversário naquela eleição, Gilberto Gonçalves, teve 25,4% dos votos, Fátima ficou com 24,3% e Marcos Vieira com 19,4%. Na contagem sem Gilberto (que teve a candidatura anulada) Toninho Lins ficou com 34,57% e Fátima Cordeiro com 32,60%
Em 2016, a divisão voltou a predominar por lá. Gilberto conseguiu, após várias disputas, ser eleito prefeito de Rio Largo com 32,07%, seguido de Pedro Victor com 27,30%, Marcelo Victor com 19,29%, Vânia Paiva com 13,45%, Mima com 7,49% e Alex Dernandes com 0,41%.
A vitória de Gilberto aconteceria se o número de candidatos fosse menor? Difícil responder a questão agora. Mas um grupo de políticos de oposição ao atual prefeito trabalha para evitar que Gonçalves seja reeleito.
O caminho, aponta Fernando James Collor, que tem forte participação na política de Rio Largo, é a formação de um bloco de oposição. Ele está convencido de que se prevalecer a divisão, com o lançamento de vários candidatos no próximo ano, o atual prefeito – com a caneta na mão – terá maiores chances na disputa.
“Hoje Rio Largo sofre com uma gestão muito ruim. Acredito que unindo forças teremos maiores chances de apresentar e tornar vitorioso um projeto de soerguimento de nossa cidade”, aponta.
Fernando avisa que não tem vaidade. Apesar de ter tido uma grande votação no município em 2018, ele admite que pode ser candidato ou não a prefeito, dependendo de vários fatores: “meu compromisso é com Rio Largo. O nome que reunir melhores condições, com apoio popular e político, deverá ser lançado contra o atual prefeito, seja o meu ou não”, pondera.
Entre os nomes que “circulam” na política de Rio Largo estão os do médico Lourenço Lopes, da ex-prefeita Vânia Paiva, do deputado estadual Galba Novais, Ferreira Hora, Pedro Vitor e Luiz Carlos.
Galba Novais desconversa sobre a possibilidade ser candidato ou não a prefeito. Ele porém tem forte atuação na política do município e também defende a busca por um nome de consenso.
“Por conta de nossa atuação política na região do Tabuleiro em Maceió, passamos a atuar também em Rio Largo. Também defendo a busca por um nome capaz de unir os diversos grupos de oposição para evitar que a atual gestão continue”, aponta.
A fase agora é de conversas. Quem quer chegar procura ocupar espaços, mas sem perder a perspectiva de juntar forças em torno de um bloco de oposição.
“Acreditamos que a partir do diálogo centrado nos interesses de Rio Largo conseguiremos reunir forças em torno de um nome para enfrentar e vencer o atual prefeito. Não há pressa. Mas devemos avançar o mais breve possível nessa direção”, aponta Fernando James Collor.