Se as eleições para prefeito de Maceió fossem hoje, o procurador-geral de Justiça de Alagoas iria para o segundo turno – se fosse candidato, claro.

As últimas pesquisas conhecidas apontam que ele está em segundo lugar. No último levantamento, apareceu com 20%.

Alfredo Gaspar no entanto disse esta semana de que está 100% focado no Ministério Público Estadual.

Nos bastidores as apostas de que ele não será ou não candidato seguem equilibradas. Se for pode não sair como candidato do Palácio dos Palmares – pelo menos se prevalecer as orientações de amigos mais próximos do procurador.

Num cenário sem Gaspar para chamar de seu, o nome que desponta na base do governo, segundo vários analistas, é do secretário de Infraestrutura e ex-ministro Maurício Quintella (PR).

Nos últimos dias, a participação dele em alguns atos ao lado do governador foi “interpretado” como uma sinalização de que o secretário poderá ser o Plano B de Renan Filho.

Os atos em questão – visita a duas áreas do programa Vida Nova nas Grotas, em Maceió – realizados nos dias 14 e 17 de maio (semana que antecedeu a realização da pesquisa Ibrape em que JHC, Gaspar e Davi Davino Filho lideram a disputa) podem ser pontuais ou não.

Claro que se Gaspar não for uma opção palaciana, Quintella pode sim virar a alternativa do Palácio dos Palmares, embora tenha aparecido na pesquisa (que você viu aqui) com apenas 3%, enquanto o secretário de Agricultura e ex-prefeito de Maceió, Ronaldo Lessa (PDT), aparece com 10%.

Mesmo com melhor desempenho, Lessa não tem sido citado nas “conversas de bastidores” como um nome que poderia receber o apoio do governo de Renan Filho em Maceió neste momento.

Os movimentos dos próximos dias vão apontar o caminho ou os caminhos. Mas serão bem calculados.

Depois de participar de uma eleição majoritária nas eleições de 2018, Quintella parece ter redobrado a cautela. Tem sido discreto tanto quanto pode.

E até o momento – a julgar pelos registros nas suas redes sociais parece mais presente no interior do que na capital. O mais provável é que continue assim até que o Palácio dos Palmares dê sinais mais claros da necessidade de sua participação no processo eleitoral.