Política
Se reforma da Previdência não for aprovada, Brasil quebra, diz Bolsonaro
Em entrevista ao programa The Noite, apresentado por Danilo Gentili
Em entrevista ao programa The Noite, apresentado por Danilo Gentili, no SBT, na madrugada desta sexta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu a reforma da Previdência e afirmou que se não for aprovada há chances do Brasil quebrar em 2022.
"Aprovando a Previdência daqui a dois, três meses o país começará a andar. Nós não temos outra alternativa. Não dá mais para inchar a máquina pública", disse o presidente.
Ao ser questionado sobre o porquê de a Previdência ser reformada, o presidente disse que a longevidade cresce de forma rápida e, se não houver a reforma, há chances do Brasil quebrar a ponto de o cidadão ir ao banco para receber o salário e não ter dinheiro.
Ainda sobre o tema, afirmou que um governo não se sustenta com uma economia razoável e que é preciso mostrar para os investidores que eles podem confiar no país.
Afirmou ainda que a inflação pode disparar, e que o país corre o risco de voltar a viver uma crise inflacionária.
As manifestações pró-governo, que aconteceram no dia 26 de Maio, foram uma forma do povo mostrar que quer mudança, segundo o presidente.
"Foi espontânea, com pauta definida, que deu um sinal de alerta para todos os políticos. A classe política precisa estar afinada com as necessidades da população", afirmou.
Sobre ter chamado de "idiota útil e massa de manobra" os jovens que se manifestaram contra o corte de verba na educação no dia 15 de Maio reafirmou que o certo seria falar "inocentes úteis".
"A maioria da garotada que estava presente não sabia o que estava fazendo. Há uma minoria de professores espertalhões que estão manipulando estes jovens", completou.
Perguntado se existia uma tensão interna no governo entre olavistas, militares e liberais, Bolsonaro afirmou que não há essa divisão sistemática. "A imprensa em grande parte não gosta de mim e potencializa".
Já em relação ao porte de arma, o apresentador perguntou se o presidente confiava no brasileiro para ter uma em casa. Bolsonaro disse que sim, afirmando ainda que a certeza que o criminoso tem de que vai encontrar o cidadão desarmado é o que faz a violência aumentar.
"A arma é como uma extensão do teu corpo. Se você fizer uma besteira vai estar lá onde você a comprou", disse.
Na entrevista, o presidente também falou sobre a facada que levou quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de Setembro. Quando chegou na cidade mineira disse ter comunicado aos seguranças que aquela seria a última vez que estaria no meio do povo daquela forma.
Ao levar a facada disse que a dor foi parecida com a de uma bolada ou um soco. "Quando eu levantei a camisa eu pensei que tinha sido um soco porque não sangrava", afirmou.
No fim da entrevista, o apresentador perguntou como o Brasil estará em 2022, e Bolsonaro respondeu que, se as metas do governo forem atingidas, como a reforma da previdência, o país alcançará a posição de 7ª economia do mundo e a taxa de desemprego será menor.