Política
Para Bolsonaro indicação do filho à embaixada está definida
A decisão do presidente tem repercutido entre os senadores
As declarações do presidente Jair Bolsonaro de que indicará o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para embaixador do Brasil em Washington (EUA) têm repercutido entre senadores. Nessa última terça-feira (16), o presidente afirmou que, da sua parte, "está definido" que Eduardo será indicado. Segundo a Constituição, cabe ao Senado aprovar ou rejeitar os nomes de chefes de missões diplomáticas.
Enquanto alguns senadores classificam a possível indicação como nepotismo, outros alegam que Eduardo Bolsonaro reúne as credenciais para ser embaixador. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou nesta terça-feira (16) que conversou com o presidente da República sobre o assunto e ressaltou que a indicação é uma prerrogativa do chefe do Executivo e que cabe aos senadores avaliar:
"O presidente tem que decidir se irá indicar. E eu, como presidente do Senado, vou receber a mensagem, encaminhar para a Comissão de Relações Exteriores, e os senadores irão, na comissão, fazer a sabatina e o Plenário vai decidir", disse Davi Alcolumbre.
Alguns senadores veem a indicação com restrição. Para o líder da minoria, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é um absurdo que seja cogitada a possibilidade de colocar o filho do presidente em um posto tão importante da diplomacia.
“É nepotismo claro, declarado. Não existe precedente na história da diplomacia brasileira, desde a proclamação da República, a nomeação de filho de presidente para uma embaixada. É um absurdo que isso seja ao menos cogitado! Bolsonaro quer fazer do governo o quintal da sua casa, uma extensão familiar”, criticou Randolfe, que também integra a CRE.