Política
Se depender de Renan, Gaspar sairá à prefeito de Maceió
Segundo informações de alguns dos seus conselheiros, Gaspar prefere ser candidato independente
O governador Renan Filho (MDB) confidenciou a um grupo de deputados que trabalhar para viabilizar a eleição do seu sucessor.
Se não houver mudanças de planos, o candidato a governador do atual grupo do Palácio dos Palmares será o vice-governador Luciano Barbosa (MDB). A seu favor, Barbosa terá provavelmente a “caneta na mão”, o que deve acontecer com a desincompatibilização do governador que pretenderia disputar um mandato em 2022 (provavelmente o Senado).
Além disso, Barbosa teria a maioria dos prefeitos, muita obras entregues ou a entregar. Ficaria faltando nessa conta as prefeituras das duas maiores cidades do Estado: Maceió e Arapiraca.
A estratégia do governo é lançar o deputado estadual Ricardo Nezinho (MDB) em Arapiraca e, se depender da vontade de Renan Filho, lançar Alfredo Gaspar em Maceió.
O governador teria confidenciado não só a deputados, mas também a alguns aliados mais próximos, que o melhor candidato para o grupo na capital seria Alfredo Gaspar (sem partido). Fora isso, o governo teria dificuldades em apoiar um dos outros nomes que estão pontuando bem nas pesquisas eleitorais em Maceió no momento.
Entre os que lideram as pesquisas (João Henrique Caldas, Davi Davino Filho, Ronaldo Lessa e Alfredo Gaspar), apenas o procurador geral de Justiça teria possibilidade de se tornar candidato do governo no atual cenário.
O problema é o procurador geral de Justiça, segundo alguns dos seus conselheiros mais próximos teriam dificuldades em ser candidato com o apoio do governo.
“O Gaspar prefere ser candidato independente”, diz um dos seus mais próximos interlocutores. O próprio procurador sabe que não será fácil manter a independência numa eventual chapa majoritária. Será preciso buscar alianças com alguns grupos.
Até que ele tome a decisão, será orientada a manter a “independência” em relação ao Palácio dos Palmares, a prefeitura de Maceió e a outros grupos políticos. Se deixar o MPE para disputar a eleição, terá que mudar o tom. Mas esta é outra história.