Política
Marcelo Victor foi convidado para se filiar ao DEM
Parlamentar vive um momento de protagonismo na política alagoana
O presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (SD), vive um momento de protagonismo na política alagoana.
Sua capacidade de articulação é reconhecida dentro e fora da Casa de Tavares Bastos. Qualquer “passo” seu, desperta a atenção e gera especulações.
De passagem por Brasília esta semana, MV posou para fotos nas redes sociais ao lado do deputado federal Arthur Lira (PP) e na Câmara dos Deputados conversou abertamente com dirigentes do DEM.
Foi o suficiente para muitos “ligarem os pontos”. Marcelo Victor estaria de malas prontas para assumir o comando do DEM em Alagoas, num projeto que passaria pelas eleições de Maceió.
Uma versão próxima a esta foi dada pelo jornalista Wadson Régis em seu blog.
De fato, o presidente da ALE admite que foi convidado para se filiar ao DEM. Mas a proposta seria outra, bem diferente.
Antes, um registro importante: MV tem relação muito próxima do presidente estadual do DEM em Alagoas, o ex-deputado federal José Thomaz Nonô. E teria partido dele o convite.
“Nonô me convidou, querendo que eu seja o seu sucessor no partido. Essa especulação dando a entender que estava trabalhando, articulando para ser presidente do DEM não procede. Nonô foi quem levou meu nome para o presidente nacional do DEM. Se eu for para o DEM ou não (ainda não parei para decidir) será por iniciativa dele”, aponta.
Antes de decidir, Marcelo Victor que terá de fazer ponderações. “Tenho hoje uma atuação politica independente, de sustentação do governo. Não posso ir para um partido que me obrigue a ser oposição por oposição. Não é minha função. Eu trabalho para viabilizar as melhores alianças para Alagoas”, pondera.
MV lembra que tem onde está hoje (SD) poder de decisão: “tenho autonomia partidária para me associar os melhores interesses, perto do governo quando precisa de mim. Uma das questões que terá que ser discutida na possibilidade de filiação ao DEM é se terei liberdade nas decisões”, aponta.
A autonomia, adianta MV, passa pelas composições eleitorais: “entendo que é melhor votar no grupo A ou que é melhor no grupo B e posso votar. Não posso ir para um partido que tenha lado determinado”, afirma.
O convite de Nonô já é antigo, mas teria se tornado mais contundente após a eleição de 2018: “O DEM está muito fortalecido no momento, mas precisa de deputado federal. É aí onde o convite foi feito. Não tem nada de ver com majoritária”, afirma.
O DEM, reforça Victor, precisa de um federal em Alagoas: “Nonô não quer mais ser federal e está procurando uma alternativa viável para a Câmara dos Deputados. Demonstrei essa vontade. E ele fez o convite”, resume.
Quanto a viagem a Brasília, o presidente da ALE confirma, mas descarta qualquer articulação partidária.
“Estava com Arthur (Lira) em Brasília e lá encontrei com líder do DEM (Elmar Nascimento) no plenário. E ele estava sabendo de mim. E disse que Nonô falou com presidente (ACM Neto) para me filiar ao DEM. O presidente do partido também estava lá e confirmou que Nonô falou de mim para ele. A conversa é essa. O responsável é Nonô e o projeto é que eu seja candidato a federal. Nem mais, nem menos”.