Política

Medidas sobre manchas de óleo em AL dividem opiniões

Oposição e governo ainda não chegaram em acordo com relação às ações cabíveis

Por Blog do Edivaldo Junior 22/10/2019 10h10
Medidas sobre manchas de óleo em AL dividem opiniões
Reprodução

De origem ainda desconhecida, as manchas de óleo que contaminam parte do litoral nordestino, provocam um debate intenso em Alagoas. 

Na oposição, o deputado estadual Davi Maia (DEM), presidiu nesta segunda-feira (21), uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Alagoas e defendeu que o Estado decretasse situação de emergência ambiental.

O governo, representado na sessão pelo secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fernando Pereira, avalia que não há necessidade do decreto – no momento.

O próprio governador descartou a medida: “muita gente nos visita, os moradores também vão à praia, e não há impeditivo no momento. Nas áreas com manchas, há equipes capacitadas fazendo o recolhimento do óleo. É importante identificar de onde vem, mas, neste momento, não acho conveniente decretar emergência quando 90% do litoral não têm sinal de óleo”, declarou.

Com posição mais ao centro, o deputado estadual Davi Davino Filho (PP) defendeu o aprofundamento do debate e recomendou que, se necessário, os municípios afetados decretem emergência ambiental – assim como fez Coruripe, na semana passada. Segundo o parlamentar, decretar emergência num Estado como o nosso, que já é pobre e depende muito do turismo, pode ter repercussão negativa. “A a gente precisa ter um debate mais amplo, para que a decisão seja profunda, muito técnica, que seja ouvido cada setor, cada um dos envolvidos”, disse.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rafael Brito, também está preocupado com os efeitos de um possível decreto. “Neste momento considero que seria prejudicial. Pode prejudicar o turismo, a reação de empregos. Acredito que só atenderia quem quer transformar o caso num ‘novo Pinheiro’”, afirmou.

Segundo Brito, o decreto se tornaria desnecessário porque no momento não há falta de recursos para a limpeza das praias. “O que falta é o governo federal identificar a origem e descobrir se existe o risco de chegar mais óleo nas nossas praias”, ponderou.

No momento, segundo a Marinha, as manchas de óleo se concentram no Estado de Pernambuco.