Política
Carlos Neto pode adiar candidatura em Quebrangulo
Tudo dependerá da confirmação da disputa do pai, Alfredo Gaspar, em Maceió
Atual presidente da Agência de Defesa Agropecuária de Alagoas (Adeal), o advogado Carlos Neto, nunca escondeu seu desejo de disputar a prefeitura de Quebrangulo.
O pai dele, o atual procurador Geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça, seria candidato a prefeito de Maceió em 2020.
Esse era o cenário traçado nos bastidores até um encontro inesperado e casual em Brasília.
Na mesma sala com o governador Renan Filho (MDB) e outros interlocutores, o atual prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima (MDB) e Carlos Neto (sem partido), terminaram conversando sobre sucessão.
O que ficou entendido na conversa intermediada pelo governador é que se Gaspar for candidato em Maceió, Carlos deverá adiar os planos de ser prefeito.
Nesta lógica, a política do pequeno município de Quebrangulo tem hoje tudo haver com o desfecho da campanha em Maceió.
O atual prefeito é por enquanto o único pré-candidato declarado, mas poderá ter concorrência ou aliados “dentro de casa”. Afinal, mesmo sendo pai de um deputado de oposição (Davi Maia, do DEM), Marcelo Lima sempre votou com o governador, é do seu partido e faz parte da base do governo.
Tudo dependerá da confirmação da candidatura de Alfredo Gaspar em Maceió. O filho, nesta condição, não concorreria em Quebrângulo, terra onde sua família tem muita influência política.
A Adeal e Quebrangulo
Algo inexplicável é a relação entre a Adeal e a política de Quebrangulo. Manoel Tenório (PSDB) foi presidente da Adeal no governo de Téo Vilela. Saiu de lá para se eleger prefeito do município.
Em seguida, já no governo de Renan Filho, Marcelo Lima foi presidente da Adeal. Saiu de lá para ser prefeito de Quebrangulo.
Agora seria a vez de Carlos Neto. E para complicar ainda mais o mistério ele têm sido visto em várias ocasiões ao lado de Manoel Tenório (que também pode ser candidato), como verdadeiros aliados.