Política
Renan é um dos poucos em AL a repercutir liberdade de Lula
Pelo Twitter, o senador do (MDB-AL) manifesta sua opinião sobre a decisão do STF
Um ato discreto de militantes do PT em Maceió e um ‘silêncio retumbante’ entre as principais lideranças políticas do Estado marcam até agora as reações a liberdade do ex-presidente Lula em Alagoas.
Pelo Twitter, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi um dos poucos a comentar a saída de Lula da prisão.
“A liberdade de Lula repara apenas parte da trama para tirá-lo do páreo em 2018. Condenado sem provas por um conluio, a justiça só será restabelecida com a anulação da sentença por parcialidade do juiz. #LulaLivre”, tuitou Renan Calheiros.
Antes, Renan Calheiros já havida comentado a decisão do Supremo Tribunal Federal, que possibilitou a soltura do ex-presidente: “O STF acertou. A regra é clara: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado. Prisão antes do fim dos recursos virou mecanismo político de tortura e pressão”.
Também pelo Twitter, o governador Renan Filho (MDB) fez um comentário um pouco mais discreto sobre o episódio: “STF interpreta Constituição e Lula é liberado. Outras injustiças desse controvertido processo ainda serão reparadas”.
No bairro de Jaraguá, no começo da noite desta sexta-feira, 8, o Comitê Lula Livre Alagoas promoveu um ato que reuniu petistas e militantes de movimentos sociais para comemorar a liberdade do ex-presidente O ato foi realizado na Praça Dois Leões, onde acontece a 9ª Bienal do Livro de Alagoas.
O deputado federal Paulão (PT-AL) participou do ato e também comemorou a liberdade de Lula com várias postagens nas redes sociais.
“Hoje foi feito uma reparação de uma injustiça. Lula é um preso político. O Supremo Tribunal Federal estava acovardado. Foi necessária uma separação pequena de poucos votos para respeitar o Estado democrático de direito e a Democracia. Lula está em liberdade e a partir de agora a gente não vai parar. Essas mobilizações têm que começar não só aqui [Maceió], cada município, a exemplo de Girau do Ponciano, que está fazendo uma caminhada e carreata. A gente espera que cada município faça suas mobilizações de acordo. Atas, festas carreatas, a gente tem que pegar volume, porque a única coisa que a elite nacional e internacional teme é o povo organizado e o povo nas ruas”, disse Paulão a um site local.
O presidente do PT em Alagoas, Ricardo Barbosa, também comentou a decisão do STF, que segundo ele “nada mais fez do que cumprir o seu papel. O que garantiu a liberdade de Lula foi o povo nas ruas”.
Segunda instância
Embora não tenham se pronunciado sobre a liberdade do ex-presidente Lula, o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e o deputado federal João Henrique Caldas (PSB-AL) usaram as redes sociais para defender a prisão em segunda instância – medida que se ainda estivesse em vigor manteria Lula na prisão.
“Um dos principais combustíveis para a violência e a corrupção é a impunidade. Com a decisão de hj do STF aumenta o nível de insegurança e impunidade em todo país, onde condenados já em 2a instância ganham mais brechas para fugirem do cumprimento da pena. Cabe agora ao Legislativo fazer o seu papel e dar seguimento à PEC q pode mudar esse cenário. Me empenharei ao máximo para isso aconteça”, disse Rodrigo Cunha no Twitter em postagem dessa quinta-feira.
Nesta sexta-feira, João Henrique Caldas publicou informação nos stories de seu Instagram informando que “há pouco formalizei ao @Ffrancischini_ presidente da CCJ um pedido para que dê celeridade à PEC 410, que trata da possibilidade de prisão após confirmação em 2a instância”.
Digerindo
A maioria dos políticos alagoanos parece preferir esperar um pouco mais para falar da liberdade de Lula – especialmente quem quer falar contra. A cautela parece a mesma que tomou conta do presidente Jair Bolsonaro, que evitou falar do episódios ao menos até o final da noite da última sexta-feira.