Política

Collor critica reforma e diz que Brasil está mais fechado após sua saída

Durante entrevista o senador fez uma avaliação do momento em que o País atravessa

Por Gazeta Web 21/11/2019 14h02
Collor critica reforma e diz que Brasil está mais fechado após sua saída
Reprodução

O senador Fernando Collor (PROS) concedeu, nessa quarta-feira (20), entrevista ao programa CB.Poder, canal de TV do Correio Brasiliense, e fez uma avaliação do momento em que o País atravessa. Diante das medidas tomadas nos últimos anos, Collor destacou que o Brasil se encontra, hoje, mais fechado do que na época em que ele presidiu o País e "abriu as janelas para o sol entrar". É a referência à abertura econômica realizada por ele, que colocou o Brasil na rota do comércio mundial, na década de 90. 

"O Brasil voltou a ser, ao longo destes últimos anos, depois da minha saída, um dos países mais fechados do mundo. As nossas alíquotas [importação e exportação] cresceram absurdamente para tentar nos beneficiar, o que não aconteceu", expôs Collor, ressaltando que, em três anos, 17 mil indústrias fecharam as portas pela falta de crescimento no Brasil, já que não há consumo pela população.
  
Para o senador, os resultados obtidos após a tramitação e aprovação das reformas da Previdência e Trabalhista mostram que o trabalhador brasileiro foi o maior prejudicado com as medidas. Ele lembrou que, apesar do discurso oficial de quem defendia os textos, já se sabia das suas consequências e, diante disso, votou de forma contrária ao sepultamento dos direitos trabalhistas. 

 "Essas ações [reformas] não alcançam o povo de modo geral e não resultaram na retomada do emprego pleno no Brasil", expôs Collor, acrescentando que, hoje, há 13 milhões de desempregados. 

O senador também disse desejar que o presidente Jair Bolsonaro atente para a necessidade de dialogar com o parlamento brasileiro. O ex-presidente avaliou, ainda, que as recentes medidas econômicas enviadas pelo Palácio do Planalto para o Congresso Nacional devem ter dificuldades para serem aprovadas pelos parlamentares, já que penalizam ainda mais o trabalhador.