O vice-prefeito de Maceió tem trabalhado para se viabilizar como candidato à sucessão de Rui Palmeira (PSDB).

Marcelo Palmeira (PP) apostou, desde o começo do ano em mudanças na comunicação (principalmente redes sociais) e passou a ocupar um espaço maior na gestão, tendo assumido inclusive a Secretaria de Assistência Social.

O aumento de visibilidade não deu a Marcelo o retorno esperado nas pesquisas de opinião.

A expectativa era que ele se tornasse o candidato natural a sucessão de Rui Palmeira, de quem é vice e mantém relação próxima desde o primeiro mandato, inciado em 2013. Era essa a expectativa não só dele, mas de alguns de seus aliados.

Na sexta-feira (22), o prefeito Rui Palmeira anunciou em conversa com jornalistas, durante o congresso estadual do PSDB, que o seu partido terá um nome para disputar a prefeitura. E citou, entre as possibilidades Eduardo Canuto, Kelmann Vieira e Tereza Nelma.

O anúncio de Rui pode tirar seu vice da disputa antes mesmo do jogo começar. O maior problema para Marcelo parece ser uma questão partidária.

Rui precisa apontar um nome do PSDB. Ou é isso ou corre o risco do seu partido se aliar ao único pré-candidato que ele não pretende apoiar. O atual presidente do PSDB de Alagoas tem relação próxima com João Henrique Caldas. A mãe do deputado federal do PSB, Eudócia Caldas, é inclusive suplente do senador Rodrigo Cunha.

Restaria a Marcelo deixar a presidência do PP em Maceió, abrindo caminho para uma eventual filiação ao PSDB. A essa altura, essa hipótese entra no campo do improvável. Marcelo segue com espaço na gestão de Rui Palmeira e ainda poderá decidir entre uma candidatura solo para a prefeitura, a disputa por uma vaga Câmara de Vereadores de Maceió ou em terminar a gestão ao lado do prefeito, de olho num projeto maior para 2022.