Política
Presidente estadual do PT fala sobre candidatura e faz avaliação do cenário político
Ricardo Barbosa diz que diálogo com PSB não é possível pois JHC é aliado do Bolsonaro
O presidente do Partido dos Trabalhadores em Alagoas, Ricardo Barbosa, conversou com o Blog do Edivaldo Júnior sob sua pré-candidatura a prefeito de Maceió.
“Estou decicidíssimo a ser candidato a prefeito de Maceió em 2020”, aponta.
Na conversa, Barbosa fez uma avaliação do cenário, apontou para uma possibilidade de disputa interna em prévias do PT e falou sobre a possibilidade de alianças.
“Minha pré-candidatura está a serviço da construção de uma aliança. Faz parte de um projeto e quero discutir com partidos aliados a candidatura majoritária”, adianta.
Ricardo Barbosa vai primeiro trabalhar para conseguir o apoio de outros partidos de ‘esquerda’, mas admite conversar com aliados dentro do projeto do PT nacional para 2020, que “é projeto de oposição ao PSDB em âmbito municipal e um projeto de oposição ao governo Bolsonaro.”
O pré-candidato do PT acredita que o eleitorado vai estar dividindo em dois projetos. “Assim as candidaturas não vão poder fugir de um grande debate em relação aos Campos que estão abertos do ponto de vista do projeto estratégico nacional, que é a divisão entre o projeto ultraliberal do governo Bolsonaro e a sua equipe e o projeto petista, que durante mais de três mandatos no governo federal incluiu os mais pobres na distribuição de renda com uma proteção necessária do estado”, afirma.
No arco de alianças, o Barbosa avalia que é possível conversa com outros partidos de esquerda em Alagoas, a exemplo do PCdoB, PSOL, PDT e PV. Ele, no entanto, avalia que não será possível um diálogo com o PSB.
“Temos conversado com outras forças de esquerda, mas tem alguns problemas que precisa ser administrados e reconhecidos. O PSB, que embora a nível nacional seja aliado do PT, aqui em Alagoas o PSB está sendo representado com uma a candidatura do deputado federal JHC o qual é, digamos assim, um aliado e eleitor do governo Bolsonaro. Então muito provavelmente aqui nós não façamos uma aliança com o PSB”, afirma.
Quanto ao PDT, Barbosa avalia que o problema é inverso. “O PDT começou a abrir fissuras no âmbito nacional com a possibilidade de dividir esse projeto macro, em relação ao entorno do nome do Ciro Gomes”, afirma.
Prévias
Com outro nome posto na disputa, Barbosa diz que disputará prévias, se for necessário. Ele, no entanto, acredita que o partido pode, seguindo recomendação do ex-presidente Lula e do deputado federal Paulão (que já declarou apoio) chegar a uma composição para o lançamento de uma candidatura consensual.
“O PT, a nível nacional está decidido a lançar candidaturas próprias aonde puder nas maiores cidades e nas capitais e em Maceió também. Por isso o meu nome já tá colocado como sendo um dos nomes disponíveis do PT a ser candidato a prefeito de Maceió desde o ano passado, inclusive lançado pelo próprio deputado federal Paulão. O PT é um partido democrático está posto. Também existe o nome da companheira Luciana Caetano. Caso não haja consenso estou disposto a disputar as prévias para ter a honra de ser candidato a prefeito de Maceió”, aponta.
Inversão de valores
Na conversa, Barbosa explica um pouco do que pensa e porque quer ser candidato a prefeito. “Fui candidato a governador de Alagoas em 2002 pelo PSTU, fui partido de esquerda. Em 2004 fui candidato a prefeito novamente pelo PSTUe em 2006 eu tive oportunidade de novamente disputar uma eleição majoritária pelo PSOL para governador do Estado. Independente do resultado eleitoral e das condições objetivas de cada eleição que eu participei, o que me motiva hoje é o mesmo que motivava no passado, desde 2002, que é a gente fazer uma inversão na administração pública e colocar o público a serviço daqueles que mais precisam do atendimento público, da administração pública, do Estado, do município e da federação nas suas vidas”, aponta.
O pré-candidato do PT diz que seu projeto é voltado para “aqueles que não tem condições por si só de sobreviver, aqueles que não tem a devida coleta de lixo, aqueles que não tem a devida à educação, saúde, segurança. É tentar, mesmo nos moldes do estado capitalista (onde ele é excludente) sempre inserir aqueles que mais precisam e também dividir, distribuir, fazer com que o que é público ele seja mais aplicado para o público, mais prioridade para a coletividade”, concluiu.