Política
JHC começa à corrida atrás de acordos para sua campanha politica
Agora em ritmo mais acelerado os acordos estão sendo fechados, tanto nas chapas proporcionais, quanto nas majoritárias
Agora em ritmo mais acelerado os acordos estão sendo fechados, tanto nas chapas proporcionais, quanto nas majoritárias.
Em Maceió, os candidatos a vereador entraram – literalmente – na dança das cadeiras, iniciando uma migração entre legendas que só vai terminar, de fato, no final deste mês.
Dos 21 vereadores de mandato na capital, pelo menos 11 já anunciaram que vão mudar de partido. Alguns já anunciei aqui (Kelmann Vieira, Eduardo Canuto e Zé Márcio Filho). Os outros vou anunciando aos poucos.
Chico Filho, por exemplo, já se desfiliou do PP. E tudo indica que vai se filiar ao MDB. Siderlane Mendonça (Patriotas), IB Brêda (PL) e Francisco Salles (PPL) também devem mudar de legendas – essas migrações estão sendo realizadas, na maioria dos casos por uma questão de “sobrevivência” política, na busca por chapas mais viáveis – falo mais sobre depois.
Os acordos, embora não pareçam, estão mais fortes na majoritária. Alfredo Gaspar de Mendonça (sem partido) deve disputar a prefeitura pelo MDB e terá provavelmente em sua coligação partidos como PL, PSC, Podemos e PV. Também pode conseguir DEM e PSD, entre outros. Nesse grupo a indicação do vice será feita por Rui Palmeira (sem partido) .
O pré-candidato do Progressistas à prefeitura, Davi Davino Filho, já garantiu o apoio do SD e do Republicanos e ainda trabalha para conseguir ao menos mais uma legenda. Ele deve deixar para falar do vice mais à frente, depois que resolver a chapa proprocional.
Ronaldo Lessa, pré-candidato do PDT tenta ampliar o leque e agora abriu negociações com o PT e outras legendas de esquerda e centro-esquerda. Mas por enquanto, é só conversa.
Um dos principais nomes da corrida pela prefeitura, que vinha ou vem liderando as pesquisas de opinião, o deputado federal JHC (PSB) parece ter sido pego de surpresa nas suas articulações – tanto majoritárias quanto proporcionais. Até agora tem certo apenas a aliança co o PSDB do senador Rodrigo Cunha. Mas pode avançar. Anote.
O que se sabe é que JHC teria oferecido a indicação da vaga de vice-prefeito para garantir o apoio do PSL, que em Alagoas é presidido por Flávio Moreno. O acordo que vem sendo costurado em Brasília, com aval do diretório estadual, estaria “praticamente fechado”, segundo um importante interlocutor.
E o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, já mandou avisar. Topa fazer acordo com JHC ou com outro partido, desde que seja garantida, no mínimo, a indicação do candidato a vice.
Mas não é só JHC que está de olho no PSL. Nos bastidores existem conversas com várias outras forças e pré-candidatos em Maceió.
De cara, o partido já descartou a aliança com Gaspar, mas nada impende que lance candidato próprio (Flávio Moreno iria pra ‘missão’) ou que componha com outros nomes.
Tempo e dinheiro
O peso do PSL nas eleições deste ano é inquestionável. O partido tem a maior bancada na Câmara dos Deputados. Por conta disso tem também o maior fundo partidário e eleitoral, além do maior tempo de rádio e TV no horário gratuito eleitoral.
Quem conseguir o apoio do PSL vai garantir, de cara, no mínimo 11% do Guia Eleitoral. É praticamente o que representaria PSB e PSDB juntos (13% do tempo). Se conseguir a aliança com o PSL, JHC teria quase 25% de toda a propaganda eleitoral. Seria três vezes mais do que o tempo que ele teve nas eleições de 2016, quando foi candidato a prefeito e ficou em terceiro na corrida eleitoral.