O próximo prefeito de Coruripe, maior cidade do sul de Alagoas, deve ter um sobrenome muito conhecido na região. Provavelmente será Beltrão. Nada diferente do atual ou dos anteriores. Mas a julgar pelo que se fala nos bastidores, o primeiro nome ainda não está definido. A eleição, se fosse hoje, seria disputada entre o deputado estadual Marcelo Beltrão (MDB) e o irmão do deputado federal Marx Beltrão (PSD), Maykon Beltrão (MDB).

A situação não é simples. O MDB só poderá ter um candidato. E se depender do atual prefeito, Joaquim Beltrão, que sempre teve o controle do MDB de Coruripe, o candidato será Maykon.

Essa escolha deveria, pela ‘lógica’ tirar Marcelo. Como é deputado, ele tenta reconhecimento de justa causa no TRE, para sair do MDB sem risco de perda de mandato.

A petição, já tratada aqui, pode não ser julgada a tempo para a filiação de Marcelo num novo partido. O prazo para quem vai disputar a eleição deste ano se expira no próximo dia 4 de abril.

Marcelo tem duas saídas nesse cenário: desistir (adiar) a disputa ou ser candidato mesmo correndo o risco de, em caso de derrota, perder o mandato de deputado estadual.

O que se diz nos bastidores é que Marcelo já tomou a decisão. “Ele vai disputar a eleição de qualquer jeito”, diz um importante interlocutor da Assembleia Legislativa.

Para minimizar os riscos, Marcelo pode fechar aliança com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (SD) e com o deputado federal Arthur Lira (PP).

O desfecho do “racha” dos Beltrão em Coruripe é imprevisível.

A essa altura, todos esperam pelo posicionamento de Marx Beltrão (PSB). Há até quem imagine que poderia ser ele o candidato a prefeito de um dos lados da família. Mas nada impede que ele apareça com uma solução que evite o embate. Até porque se a divisão evoluir o enfraquecimento dos Beltrão a médio e longo prazos será inevitável. Mas essa é outra história.

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