Política
Autoridades alagoanas começam a repercutir demissão de Moro
Parlamentares se pronunciaram em suas redes sociais
Após o anúncio da demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, na manhã desta sexta-feira (24), autoridades de Alagoas começaram a repercutir a saída de Moro do cargo.
O ex-procurador de justiça, Alfredo Gaspar, utilizou as redes sociais para agradecer ao ex-ministro “pela grande parceria firmada” durante a passagem dele pela presidência do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas.
“O Brasil não pode retroceder na luta contra o crime organizado. Vamos manter intactos nossos valores fundamentais pela ética e pela retidão, sempre em nome do Estado Democrático de Direito”, disse Alfredo.
O senador Rodrigo Cunha também publicou uma foto ao lado de Moro e escreveu: "Como juiz, Sergio Moro mudou o patamar no combate à corrupção no país".
"No governo, tornou-se símbolo de que a intolerância aos desmandos e aos crimes de colarinho branco seria o norte da atuação do Ministério da Justiça. Poucos dias antes do início da pandemia, conversamos para tratar da criação da primeira delegacia especializada no combate à corrupção de Alagoas, para a qual destinei recursos. Moro deu total apoio a essa iniciativa".
Para Cunha, "sua saída do governo num momento em que não podemos descuidar da grave chaga da imoralidade na política e no setor privado é lamentável".
O presidente da OAB Alagoas, Nivaldo Barbosa, disse que "não é correto aparelhar a PF para atender a propósitos pessoais e políticos". Segundo ele, a independência da instituição é condição sine qua non - cláusula, elemento, condição - para o combate à corrupção.
Já o vereador Samyr Malta lamentou a saída do ministro e disse que "em meio a crise da saúde pública, a crise política que se instala, só nos preocupa". "Perde o país e todos os brasileiros", falou.
O senador Fernando Collor também se posicionou por meio das redes sociais. Collor afirmou que Moro fez revelações gravíssimas, "que deixam o governo numa posição constrangedora e vulnerável. O quadro institucional é nebuloso".
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