Durante sessão nesta terça-feira (22) na Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado Galba Novaes (MDB) propôs a criação de uma CPI para investigar, de forma minuciosa o crime ambiental causado pela empresa Braskem com a retirada do sal-gema que até então, encontrasse sem punição. O requerimento já foi protocolado, mas aguarda a assinatura dos demais parlamentares para dar prosseguimento aos trâmites regimentais.

“Como é que se faz acordo entre os ministérios públicos e a Braskem sem a participação do Estado e do município de Maceió? Sem a participação da sociedade civil, principalmente daqueles que foram afetados por esse crime, tido como um dos maiores desastres ambientais da história do mundo?”, questionou o parlamentar, que participará de uma reunião com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil. “Para que junto com a Assembleia Legislativa tomemos uma providência”, disse o deputado.

Na última quinta (17), também em assembleia, os deputados Dudu Ronalsa (PSDB) e Ronaldo Medeiros (MDB) já haviam criticado a situação de abandono dos moradores de Flexal de Cima e Flexal de Baixo, após o afundamento dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, que ficam situados em Maceió.

Em aparte, o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) se colocou à disposição para assinar a criação da CPI da Braskem e lembrou que poderia, inclusive, apresentar a proposição em conjunto. "A Braskem vem agindo como sempre agiu, só que agia no subsolo, no submundo. Agora ficou mais transparente essas ações aqui em Alagoas, que tanto mal vem fazendo às famílias”, disse Medeiros, acrescentando que a CPI é uma forma que a Casa tem de apurar e ajudar os alagoanos, principalmente os que foram diretamente atingidos.

*Com informações da ALE