Política

Deputado sugere abrir “bodega” de pesquisas: “só servem para confundir”

Loiola sugere que excesso de pesquisas pode confundir eleitor

Por Blog do Edivaldo Júnior 08/03/2022 11h11 - Atualizado em 08/03/2022 11h11
Deputado sugere abrir “bodega” de pesquisas: “só servem para confundir”
Deputado estadual Inácio Loiola - Foto: Reprodução

Pesquisa eleitoral, quando correta, aponta caminhos, ajuda o candidato a corrigir rumos de campanha e, se for o caso, mudar de discurso e até de “companhia”.

É, na essência, informação, ferramenta que pode ajudar na construção de uma plataforma política, além de apontar os “favoritos” para vencer a eleição, seja majoritária ou proporcional.

Mas nem toda pesquisa tem a clareza necessária. E dependendo de sua “qualidade”, mais atrapalha do que ajuda.

Nessa fase de definições políticas (tomada de decisão por partidos e candidaturas), as pesquisas “pipocam” nos bastidores da política alagoana. São tantos institutos, tantos resultados, que o deputado estadual Inácio Loiola, desistiu de se guiar pelos seus “números”.

“Nunca vi tanta pesquisa. Tem pra tudo que é gosto. Tem umas que imagino que são feitas dentro do escritório, não vão nem na rua para perguntar ao eleitor. Só serve mesmo para atrapalhar”, aponta.

Loiola diz que essa situação lembra uma passagem do seu tempo de estudante.

“Em 1976 eu estudava em Sergipe e vim fazer o vestibular de agronomia em Maceió. Nesse período a gente costumava se reunir na casa do Paulo Amorim (já estudante universitário) para discutir. Veio uma turma comigo, pessoal do sertão. A cada dia chegava alguém com um bizu. Tinha bizu para tudo que é gosto. Eu não acreditei e consegui passar. E quem acreditou quebrou a cara”, lembra Loiola.

“Depois do resultado, foi uns rindo e outros chorando. O Paulo, que era muito engraçado, um certo momento disse para a gente, ‘estou pensando no próximo vestibular é em abrir aqui em casa uma bodega de bizu’ e todo mundo caiu na gargalhada”, lembra o deputado em tom de descontração.

Ele emenda, logo em seguida: “eu estou pensando é em botar uma bodega de pesquisa, de opinião pública, porque nunca vi tanta pesquisa. E isso é no Brasil todo, não é só aqui não”.