Política
Militares vão a ALE acompanhar votação de PL e sessão é cancelada
Classe se esforça para não ser ignorada pelo Governo, que já aprovou projetos que beneficiam outras categorias
Nesta quinta-feira (31), não houve sessão na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), o que fez com que os deputados deixassem para a próxima semana a provável análise dos projetos de lei que beneficiarão os policiais e bombeiros militares.
O adiamento da discussão frustrou a classe, que teme que as propostas sejam prejudicadas diante dos impedimentos ao Executivo em ano eleitoral. Os militares se esforçam para não serem ignorados pelo Governo, que já reestruturou carreiras e reajustou salários de outras categorias através de seus respectivos projetos.
Algumas mudanças, como as regras das promoções nas corporações , só serão feitas quando o projeto do Quadro Organizacional for aprovado e sancionado pelo Poder Executivo. Além disso, a categoria luta pelo Sistema de Proteção Social, que ficou emperrado na Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) há anos.
Integrantes do Movimento Unificado dos Militares de Alagoas haviam combinado com o governo para que as propostas fossem elaboradas da maneira como a categoria pensou. As matérias chegaram a ser enviadas ao Poder Legislativo, mas aparentemente, não foram compreendidas pelas lideranças dos partidos, esbarrando também nas diversas emendas acostadas, o que exige um maior trabalho da Comissão de Constituição e Justiça.
De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas, o tenente-coronel Olegário Paes, a intenção do movimento, apesar da frustração, é garantir que os deputados aprovem os dois projetos na semana que vem.
“Fiz contato com o presidente da CCJ, deputado Paulo Dantas, que me garantiu a votação na semana que vem, provavelmente na sessão de terça-feira. Ele me disse que a maioria dos deputados tinha compromisso nesta quinta e, por isso, não teve quórum, inviabilizando a sessão”, contou.
No momento, a preocupação se o Executivo poderá sancionar os projetos por força da legislação eleitoral. Entretanto, ainda segundo Paes, ele mesmo consultou advogados que garantiram não haver impeditivo legal neste sentido.
*Com informações da Gazeta Web