Política
Vereador aciona MP contra empresas e sucateamento de terminais de ônibus de Maceió
Pelo menos 28 desses equipamentos públicos estão entre os que deveriam ser mantidos pelas empresas, mas seguem sucateados, aponta Luciano Marinho
Uma vergonha que precisa de providências urgentes. Foi dessa maneira que o vice-presidente da Câmara Municipal de Maceió, vereador Luciano Marinho (MDB), definiu a situação de diversos terminais de ônibus da parte alta da capital. Nesta sexta-feira (1), o vereador protocolou representação no Ministério Público Estadual (MPE) para que as empresas respeitem o edital, ainda de 2015, de concessão do serviço de transporte público, que as obriga a fazer a manutenção, conservação e reforma dos terminais urbanos.
Pelo menos 28 desses equipamentos públicos estão entre os que deveriam ser mantidos pelas empresas, mas seguem sucateados.
“Para se ter ideia do descaso das empresas com linhas e terminais de ônibus, o do Graciliano Ramos já vai para três décadas e nunca foi reformado; no Village II, por exemplo, o abrigo para a população, em tempo de chuva, é o da borracharia que fica ao lado; quando chove, alaga; no terminal do Eustáquio Gomes, que faz conexão com o Inocop, Jardim Royal, entre outros, o caos está estabelecido com o equipamento sem condição para oferecer os serviços a uma população de mais 40 mil pessoas, que paga seus impostos. Por tudo isso, representei contra as empresas no MPE-AL e vamos acompanhar a situação para que os usuários de transporte público não sigam como vítimas de uma pouca vergonha como essa”, declarou Luciano Marinho.
JHC - O vice-presidente da Câmara Municipal de Maceió também afirmou que segue cobrando do Executivo uma solução para o problema. Nesta semana, o parlamentar voltou a conversar com o prefeito JHC e cobrar do gestor que coloque em ação a fase dois das medidas que visam a moralizar e melhorar as condições do transporte público da capital.
“Conversei com JHC e cobrei dele que tome providências para que o edital, ainda de 2015, seja cumprido. A primeira fase, que foi a proibição do aumento sem critérios no preço das passagens, foi posta em prática. A segunda, que obriga as empresas a realizarem a manutenção, conservação e reforma dos terminais, também deve ser cobrada. Porém, se o edital feito há sete anos, não tiver força de lei, se não servir, que se anule o documento e que façamos outro. Mas a situação como está não pode permanecer”, analisou Luciano Marinho.