Política
João Dória ficou insatisfeito com desmonte do PSDB em AL
Pré-candidato do PSDB à presidência, João Dória, também deve dificultar o apoio do PSDB alagoano a Rodrigo Cunha
O PSDB foi, durante o governo de Téo Vilela (2007 a 2014), o maior partido de Alagoas. Nas eleições deste ano, o partido corre o risco de não ter candidato a nenhum cargo. Literalmente.
Sem chapas proporcionais competitivas, restaria ao PSDB, indicar um nome para disputar a vaga de vice na chapa de governador do União Brasil.
Esse seria o planejamento do grupo do senador Rodrigo Cunha (UB), ex-presidente do diretório estadual em Alagoas e pré-candidato ao governo.
Nem isso deve acontecer.
Depois da saída de Rodrigo Cunha e do esvaziamento do PSDB, o ex-deputado federal Régis Cavalcante (Cidadania) teve o nome lançado como pré-candidato ao governo pela Federação PSDB/Cidadania.
O pré-candidato do PSDB à presidência, João Dória, também deve dificultar o apoio do PSDB alagoano a Rodrigo Cunha.
Segundo diferentes fontes, ele não gostou nem um pouco do desmonte do partido em Alagoas. Esse inclusive teria sido um dos motivos que o levou a tirar o presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, da coordenação de sua pré-campanha.
Nas prévias para a escolha do pré-candidato à presidência, Cunha apoiou o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O senador nunca demonstrou vontade de votar em Dória – o que deve complicar qualquer possibilidade de coligação partidária.
A aliança de Rodrigo Cunha com Arthur Lira, responsável pela filiação do senador ao União Brasil, é mais uma dificuldade para uma eventual coligação da federação com o UB em Alagoas.
Sem fato novo, tudo indica que a coligação da candidatura de Rodrigo Cunha ao cunha ficará menor do que se pensava.
O desafio, agora, é saber para onde vai – formalmente – o PSB de JHC. Nacionalmente, o partido tem uma aliança com o PT, o que pode dificultar uma coligação local. Mas essa é outra história.