O Partido dos Trabalhadores acionou o Tribunal Superior Eleitoral neste domingo (17) contra a “motociata” promovida pelo presidente Jair Bolsonaro na última sexta-feira (15). Segundo o partido, o evento teve motivação política, caracterizando propaganda eleitoral antecipada. A sigla ainda aponta o uso de dinheiro público na promoção do passeio de moto.

Segundo o governo de São Paulo, um milhão de reais foi gasto para garantir a segurança no evento chamado “Acelera para Cristo”. A rodovia dos Bandeirantes, que liga a capital ao inteiros do estado, ficou bloqueada para o trajeto entre São Paulo e Americana, cerca de 130 km de distância. A concessionária que administra a via calculou pouco mais de três mil motos acompanhando Bolsonaro.

Os advogados Cristiano Zanin e Eugênio Aragão afirmam na representação que a participação de Jair Bolsonaro foi ativo e proativo na organização e promoção do evento. O partido ainda destaca que apoiadores do presidente usaram expressões que deixaram caracterizado o caráter político e eleitoral do passeio de moto.

A legenda pede que o TSE caracterize a ação para propaganda antecipada e evite que novas reuniões assim ocorram. O PT ainda lembra que outras “motociatas” promovidas pelo presidente já custaram R$ 5 milhões aos cofres públicos e questiona o interesse público por trás dos eventos.

A ação foi protocolada para ser analisada pela ministra Cármen Lúcia. Não há prazo para o julgamento da ação.