Política
Arthur Lira “nacionaliza” nova crise da eleição de Alagoas
Político reagiu após uma sinalização do presidente do PSDB em Alagoas
Alagoas tem 1,5% do eleitorado nacional. São 2,3 milhões de eleitores
que não teriam nenhum peso de influenciar as decisões políticas num
colégio com 152,3 milhões de pessoas aptas a votar. Não teriam, não
fosse o envolvimento direto de lideranças políticas locais com peso nacional.
Mais uma vez a eleição local poderá ser nacionalizada. Essa ao menos
parece ser a tentativa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur
Lira (PP). O deputado foi as redes sociais para avisar que um “rompimento de acordo” do PSDB em Alagoas implicaria na retirada de apoio do União Brasil e do PP aos tucanos em São Paulo.
A reação de Lira veio após a sinalização de que o presidente do PSDB em Alagoas, deputado federal Pedro Vilela, está pronto a fechar aliança
com o MDB.
O PSDB de Alagoas teria fechado acordo com o União Brasil e o PP em
Alagoas, segundo Lira, com todas as implicações e desdobramentos de uma aliança – incluindo a pré-candidatura da deputada estadual Jó Pereira (PSDB) como vice na chapa do pré-candidato a governador do UB, senador Rodrigo Cunha.
O imbróglio local já ganhou a mídia nacional – assim como a recente judicialização da eleição indireta de governador de Alagoas.
A colunista do G1 Adréia Sadi repercutiu o provável rompimento do PSDB com o grupo de lira em Alagoas.
“PP e União Brasil ameaçam abandonar Rodrigo Garcia e apoiar Tarcísio
em SP se PSDB não cumprir acordo em Alagoas. Rompimento tiraria chances de prima de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, disputar o cargo de vice-governadora de AL”, diz Sadi.
“O PP e o União Brasil ameaçam abandonar Rodrigo Garcia (PSDB) e
apoiar Tarcísio Freitas (Republicanos) na disputa pelo governo de São
Paulo se os tucanos de Alagoas não cumprirem um acordo entre que envolve os partidos no estado nordestino.
O acordo firmado entre PP e PSDB em Alagoas prevê que a deputada
estadual Jó Pereira (PSDB), que é prima do presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP), seja vice na candidatura de Rodrigo Cunha
(União Brasil) ao governo do estado”, reforça a jornalista.
Tem mais
O palanque de Bolsonaro em Alagoas é outra questão que deve provocar
nova crise no grupo liderado por Arthur Lira no Estado. O candidato
apoiado por Lira ao governo, Rodrigo Cunha, não apoia (e se apoia não
declara) a reeleição do presidente.
Além da iminente perda do PSDB, o grupo que apoia Cunha deve perder o apoio de políticos bolsonaristas de Alagoas – incluindo prefeitos, vereadores e pré-candidatos a deputado – com o lançamento da
pré-candidatura de Fernando Collor (PTB) ao governo do Estado. Mas essa é outra história.
Leia aqui, na ítegra: PP e União Brasil ameaçam abandonar Rodrigo Garcia e apoiar Tarcísio em SP
se PSDB não cumprir acordo em Alagoas | Blog da Andréia Sadi | G1