Nas eleições de 2022, a maioria dos candidatos proporcionais de Alagoas com alguma chance de vitória parece apostar no voto de “estrutura”, no apoio de bases e nos chamados currais eleitorais. Esse modelo de campanha parece ganhar mais força a cada eleição entre políticos alagoanos. Mas ainda parece existir espaço para o volto “solto”, de opinião ou de protesto.

Em várias eleições, alguns candidatos conseguiram votações expressivas ou até mesmo ser eleitos para a Assembleia Legislativa de Alagoas ou Câmara dos Deputados sem os votos de “estrutura”.

Entre os candidatos classificados como competitivos poucos apostam apenas no voto “solto”. Muitos de olho no apoio de bolsonaristas ou em eleitores conservadores. Aí cabem nomes como o Fábio Costa, Cabo Bebeto, Alfredo Gaspar de Mendonça e Flávio Moreno.

Quem também aposta no voto solto é a deputada federal Tereza Nelma (PSD), candidata à reeleição ela também é considerada uma candidata com chances de vitória. Entre os apelos, a defesa da mulher e o trabalho social que realiza, especialmente em Maceió.

Na busca do voto solto quem surge entre os possíveis eleitos, de acordo com vários analistas, é Rafael Brito. Depois de uma passagem pela Secretaria de Educação do Estado, ele se tornou conhecido como “Tio Rafa” e aposta agora no setor para chegar a Câmara Federal.

Disputando mandato pelo MDB – partido que deve fazer dois federais segundo diferentes projeções, Brito concorre com os deputados Isnaldo Bulhões e Severino Pessoa, que vão à reeleição e com o ex-ministro Maurício Quintella, entre outros candidatos.

“Ele já começou a aparecer bem em algumas sondagens”, pondera o diretor de um instituto de pesquisa de Maceió.

Brito aposta não só na educação para conquistar o voto solto. O candidato foca o discurso na defesa dos jovens e geração de empregos, entre outros temas que podem ter forte apelo eleitoral. A aposta do “Tio Rafa” é numa campanha diferente, baseada em reuniões com estudantes e professores e no “corpo a corpo”.

“Fique de olho no Rafael. Ele tem chances”, reforça o diretor do instituto de pesquisas.