Política
Grupos políticos rivais acusam um ao outro de ameaças e agressões em Junqueiro
Desde o último sábado, 03, os dois grupos políticos trocam acusações mais severas e a situação já virou caso de polícia, sendo investigada pela PC-AL
O atual prefeito de Junqueiro, no Agreste alagoano e o ex-secretário de Estado estão trocando acusações de agressões e ameaças. Leandro Silva, o atual prefeito, do PTB, afirmou, nesta quarta-feira (7), em suas redes sociais, que caso algo aconteça com ele e sua família a responsabilidade é de Fernando Pereira, o ex-secretário, do Progressistas.
Pereira, por sua vez, emitiu uma nota à imprensa, onde afirmou ter ido ao Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) na última terça-feira (6), após, segundo ele, o ex-prefeito do município, Carlos Augusto, ter sido agredido e ameaçado pela mãe do atual gestor, Rejane Silva.
Desde o último sábado, 03, os dois grupos políticos trocam acusações mais severas e a situação já virou caso de polícia, sendo investigada pela Polícia Civil de Alagoas. O delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier, designou o delegado Alexandre Leite, em caráter especial, para cuidar do caso.
Versão dos Silvas
"Eu não tinha nenhum inimigo pessoal. Tinha coisas políticas, mas não inimigo pessoal. Então eu estou passando aqui para deixar registrado que algo que venha acontecer comigo ou com minha família, é de sua responsabilidade Fernando Pereira", afirmou o prefeito Leandro Silva.
Ele atribui a Fernando Pereira áudios onde supostamente o ex-secretário manda "meter bala" em qualquer pessoa da família Silva ou ligados a ele. “A partir do momento que qualquer um dos Silva ou qualquer um ligado a eles encostar perto de você com o carro ou a pé ou de moto, ele disse meta pistola e o 38 e a 12 para cima, ele disse meta sem dó, meta sem pena”, diz um dos áudios.
Versão dos Pereiras
Segundo material enviado à imprensa, Fernando Pereira foi ao Conseg acompanhar a denúncia de Carlos Augusto, ex-gestor do município. Carlos conta que na manhã de sábado (3) estava filmando um abastecimento de água realizado por carro-pipa no bairro Gilberto Pereira, conhecido como Mutirão, em Junqueiro, quando Rejane chegou alterada ao local, buzinando bastante e questionando o que ele fazia lá.
“Ela me xingou, tentou tomar o meu celular e me golpeou na barriga. Quando eu já estava em meu carro, acompanhando de uma amiga da família, que testemunhou a agressão, a mãe do prefeito jogou um balde de 20 litros cheio de água dentro do carro, em mim e nessa amiga, gritando: o seu é esse e me aguarde”, relatou, acrescentando que, em momento algum, reagiu as agressões.
Carlos esteve no bairro depois que populares denunciaram para ele que a água recebida pela população na sexta-feira estava imprópria para consumo.
Após deixar o Conseg, Fernando Pereira também registrou um BO pela divulgação, de fake news contra ele. Lembrando o histórico de violência da família de Leandro Silva, cujos irmão, o pai e a mãe já foram presos acusados de crimes, entre eles homicídio, o ex-secretário relatou que esse mesmo grupo espalhou a notícia falsa de que ele (Fernando) estaria planejando um atentado contra parentes do prefeito.