Política
A campanha ainda mais cara: veja quanto cada candidato a federal recebeu do “fundão” em AL
O limite de gastos (oficial, que fique claro) por candidato a deputado federal em Alagoas é de R$ 3.176.572,53
A eleição de deputado federal é, de longe, a que consome mais recursos públicos e privados em Alagoas.
De acordo com as estatísticas do TSE, até esta quarta-feira (28/09), as campanhas dos 184 candidatos à Câmara Federal registraram mais R$ 62,4 milhões de receitas, sendo R$ 58.277.693,63 (93,3%) do fundo eleitoral ou “fundão” e R$ 4.199.903,66 (6,7%) de recursos privados, oriundos de doações ou de recursos dos próprios candidatos.
O limite de gastos (oficial, que fique claro) por candidato a deputado federal em Alagoas é de R$ 3.176.572,53. E muitos devem receber valores – totais ou parciais – do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o chamado Fundo Eleitoral ou “fundão”, acima de R$ 2 milhões.
O blog do Edivaldo Junior atualizou levantamento no DivulgaCand do TSE (faça aqui sua pesquisa) com candidato de oito partidos ou federações disputando a reeleição considerados por analistas como “competitivos”, ou seja, com chances de eleger ao menos um federal em Alagoas.
A campanha de federal, que já consumia maior volume de recursos no Estado, ficou ainda mais cara. Entre o primeiro levantamento, há duas semanas e hoje, as receitas aumentaram 20%, de R$ 50 milhões para R$ 60 milhões (vjea quadros abaixo).
O PP do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira segue como partido que mais distribui Fundo Eleitoral no Estado para candidatos a deputado federal. São mais de R$ 19 milhões para 10 candidatos. Desse total, R$ 16 milhões são do “fundão” e R$ 3 milhões de recursos privados.
O MDB, com pouco mais de R$ 9,6 milhões é o partido com a segunda maior distribuição de de Fundo Eleitoral em Alagoas. O União Brasil vem em terceiro com R$ 8,5 milhões.
Na “real”
O “fundão”, repito, dá de sobra para boa parte dos candidatos a federal em Alagoas. Mas alguns farão campanhas cinco, até dez vezes mais caras do que valores do “papel”, da prestação de contas feitas à Justiça Eleitoral.
Na “real”, a estimativa é que um candidato a deputado federal que faz campanha na base da “estrutura” gaste de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões, podendo em alguns casos chegar a R$ 30 milhões na campanha. Mas essa é outra história.