Política

Alexandre de Moraes cobra PF de Alagoas sobre abordagem a Marcelo Victor na véspera das eleições

Parlamentar foi alvo de averiguação em um hotel de maceió e agente encontram em sua posse uma mala com R$ 145 mil

Por Redação 11/10/2022 18h06 - Atualizado em 11/10/2022 19h07
Alexandre de Moraes cobra PF de Alagoas sobre abordagem a Marcelo Victor na véspera das eleições
Alexandre de Moraes - Foto: Reprodução

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes cobrou informações à Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, sobre a abordagem feita ao presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor (MDB) na véspera das eleições de primeiro turno.

O ministro afirmou que compete ao presidente do TSE adotar as providências necessárias "em assuntos relacionados às relações inter-institucionais com outros poderes da República". A decisão de Moraes foi assinada ontem (10) em uma petição enviada ao TSE pelo senador Renan Calheiros (MDB) e pelo Diretório Estadual do MDB em Alagoas. 

Eles alegam que a atuação da PF foi "premeditada" e que teria ocorrido "interferência política" do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na superintendência da corporação. Lira e Calheiros são adversários políticos na região. 

"Há suspeita de que 'tenha ocorrido interferência política do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, junto à Superintendência da Polícia Federal, para que fosse realizada a operação, a fim de causar prejuízos eleitorais ao referido candidato', alegou Renan Calheiros ao TSE.

Victor foi alvo de averiguação em um hotel de maceió e agente encontram em sua posse uma mala com R$ 145 mil e material de campanha. A suspeita é de que o dinheiro seria usado para suposta compra de votos.

Candidato à reeleição, o parlamentar é um dos principais apoiadores do governador Paulo Dantas, afastado hoje por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em investigação sobre desvio de recursos públicos.

Ele também é aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que levou o caso ao TSE. Moraes também abriu prazo de 48 horas para que o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas preste as informações sobre o caso que achar necessárias.