O ex-presidente e candidato ao cargo de chefe do executivo nacional Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Maceió, nesta quinta-feira (13) para caminhada no Centro da capital alagoana. Em seu discurso, o petista ressaltou a importância da parceria com o governo estadual, pediu voto para seu aliado, Paulo Dantas, e defendeu as mulheres, a Petrobras, falou sobre fortalecimento da economia contra as privatizações e disse que vai com mais força para o segundo turno das eleições. 

Lula adotou um tom propositivo e fez uma análise sobre a situação do país, mas chegou a atacar Bolsonaro, seu adversário no pleito. "Disputo a eleição contra um cidadão que não gosta de nordestinos. Ele disse essa semana que eu só ganho as eleições no Nordeste porque no Nordeste só tem analfabeto. Eu tenho orgulho de ser nordestino. Eu tomei a decisão de cuidar do Nordeste como se estivesse cuidando da minha saúde, o nordeste estava precisando de oportunidade, de gestão de turismo, de formação e aí eu comecei a investir em universidade e fui o presidente que mais investiu em educação na região", bradou o candidato. 

"Não iremos privatizar nada, nem Petrobras, nem Banco do Brasil, absolutamente nada. Chega de tanta privatização, pois caso contrário, o povo pobre continuará a ser prejudicado. Eu e milhões de brasileiros queremos o bem para o nosso país", destacou o ex-presidente.

O governador Paulo Dantas, que está afastado do cargo por decisão monocrática da ministra do STJ, Laurita Vaz, comentou sobre o processo que corre no tribunal e disse que "tentam lhe tirar dos segundo turno de maneira autoritária, mesquinha e perversa. Montaram uma grande armação contra a minha pessoa", afirmou. "Sou ficha limpa, não devo nada a justiça", argumentou, antes de dizer que Rodrigo Cunha, concorrente na disputa ao governo e seu aliado e presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, não são soberanos. "Quem vai escolher o governador é o povo de Alagoas". 

O ex-governador Renan Filho fez um discurso em defesa de Lula e de Paulo Dantas e disse que no governo do petista, viu e viveu o nordeste gerar mais empregos do que o restante do país. "Sou Lula em Alagoas porque acredito na educação pública, sou Lula porque tenho certeza que o salário mínimo precisa crescer mais do que o preço da cesta básica". 

O senador Renan Calheiros fez um discurso mais contundente e chegou a chamar Bolsonaro de salafrário, em determinado momento de sua fala. Ele esteve ladeado pelo colega de senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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