Política
Vice de Tebet diz que resolução que dificulta uso de cannabis medicinal é mordaça
A parlamentar é tetraplégica e faz uso do medicamento para conter dores crônicas da lesão medular que sofreu
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) protocolou, nessa segunda-feira (18/10), um projeto de decreto legislativo (PDL) para sustar a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada na última semana e que promete dificultar ainda mais o acesso à cannabis medicinal.
A parlamentar é tetraplégica e faz uso do medicamento para conter dores crônicas da lesão medular que sofreu. A senadora, que foi candidata a vice na chapa de Simone Tebet (MDB) à Presidência, defende que o uso do medicamento prescrito por médicos não deve ser restringido, mas ampliado.
“Represento milhares de brasileiros que, como eu, usam cannabis medicinal, e sigo firme lutando para que o acesso seja ampliado e nunca limitado”, afirmou a senadora.
“Ela coloca uma mordaça na autonomia dos médicos prescritores, restringindo o tratamento apenas ao canabidiol, uma única substância das mais de 700 já identificadas na planta, e para apenas duas doenças, desprezando as centenas de estudos que comprovaram a eficácia da cannabis medicinal para diversas patologias”, prossegue.
Entre os anos de 2015 e 2021, os pedidos de importação de produtos à base da cannabis liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passaram de 2,5 mil para cerca de 70 mil. Desde 2019, a venda também foi autorizada nas drogarias e farmácias no país.
Atualmente, há indicações de canabidiol e outros derivados da maconha medicinal para o tratamento de mais de 20 diferentes condições médicas, como depressão, dor crônica, dor oncológica, autismo, esclerose múltipla, Parkinson e Alzheimer.
*Com informações do Metrópoles