Política

Em discurso de dois minutos, Bolsonaro não reconhece derrota e diz que manifestações são pacíficas

Coube ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmar que o governo cumprirá a lei, referindo-se às eleições; Ele será responsável pelo processo de transição

Por Redação 01/11/2022 16h04 - Atualizado em 01/11/2022 18h06
Em discurso de dois minutos, Bolsonaro não reconhece derrota e diz que manifestações são pacíficas
Bolsonaro em pronunciamento após derrota no segundo turno das eleições no último domingo, 30. - Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro (PL) presidente do Brasil se pronunciou somente na tarde desta terça-feira (1), após derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022, no último domingo (31). 

Ele deixou a imprensa esperando por mais de uma hora no Palácio da Alvorada. Apesar da alta expectativa, Bolsonaro discursou por apenas dois minutos. Ele não reconheceu diretamente a derrota nas eleições, mas agradeceu os 58 milhões de votos que recebeu. "Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição".

O presidente disse também que "os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas". 

"Sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Manifestações pacificas são bem-vindas", disse, destacando que o povo não deve adotar adotar métodos esquerdistas, pois "sempre prejudicaram a população".

"Sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Manifestações pacificas são bem-vindas", disse, destacando que o povo não deve adotar adotar métodos esquerdistas, pois "sempre prejudicaram a população".

Coube ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciar que o governo cumprirá a lei, referindo-se às eleições. Ele coordenará o processo de transição de governo durante os últimos dois meses de mandato. 

Ministros do governo federal acompanharam seu pronunciamento. Entre eles Ciro Nogueira (Casa Civil), Cristiane Brito (Mulher, Família e Direitos Humanos), Victor Godoy (Educação) e Marcelo Sampaio (Infraestrutura) e Joaquim Leite (Meio Ambiente). A primeira dama Michelle Bolsonaro não esteve presente. Assim como, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). 

Bolsonaro já havia se reunido de manhã com alguns integrantes do ministério, como Paulo Guedes (Economia), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União).