Política
Amigo de Alckmin, ex-governador de AL elogia escolha de Lula
No segundo turno, Vilela foi de Lula, em defesa da democracia e, claro, pelo seu amigo dos tempos de tucanato
A eleição de 2022 não foi a melhor das eleições para o ex-governador Teotônio Vilela Filho – pelo menos no cenário local. Apenas 8 anos depois de ter deixado o governo, Téo viu seu sobrinho Pedro Vilela perder a reeleição para a Câmara dos Deputados. Seu “afilhado” político, o senador Rodrigo Cunha (União), até que conseguiu passar ao segundo turno da eleição para o governo do Estado, mas deu no que deu.
Faltou – e aqui é um registro todo meu – Rodrigo Cunha e outros antigos aliados de Téo fazerem uma defesa mais enfática do seu legado no governo do Estado.
Acompanhei de perto o governo de Vilela. Com grandes quadros, a exemplo de Lui.
Otávio Gomes e Marcos Firemann, Vilela conseguiu mudar a cara da economia de Alagoas, viabilizando o polo multissetorial de Marechal Deodoro, atraindo grandes empresas para o Estado e conseguiu tocar grandes obras, especialmente Canal do Sertão, adutoras e estradas.
Em outras áreas, a exemplo da saúde, segurança e educação, os resultados poderiam ter sido melhores. É fato. Mas o governo de Téo foi um dos melhores para o agronegócio, para a agricultura familiar, para o empreendedorismo e deu início ao processo que transformou o Estado em um dos principais polos de turismo do Brasil.
Resta o consolo para Téo, que sempre foi um democrata convicto, da eleição no plano nacional. No primeiro turno ele foi de Simone Tebet, seguindo orientação partidária, embora seu “coração” estivesse com o candidato que escolheu logo a seguir. No segundo turno, Vilela foi de Lula, em defesa da democracia e, claro, pelo seu amigo dos tempos de tucanato, o vice-presidente da república eleito, Geraldo Alckmin.
Fora da política, vivendo uma vida mais tranquila, Vilela fez questão de parabenizar Lula pela escolha.
“Parabenizo o Presidente Lula pela escolha do seu Vice Geraldo Alckmin para coordenar a transição de governo. Experiente, sério, habilidoso e profundo conhecedor da máquina pública, Alckmin dará uma grande contribuição ao futuro Governo e ao Brasil”, escreveu o ex-governador no Twitter.
Vilela seguirá recluso na política, mas certamente será recebido – e bem – se for preciso, em Brasília, nem que seja para dar um abraço e tomar um cafezinho em qualquer ministério ou mesmo no Palácio do Planalto. Mas essa é outra história.