Política

PT formaliza apoio à reeleição de Lira nesta terça-feira (29)

Em troca do apoio a Lira, petistas querem organizar um bloco parlamentar que garanta a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Por Redação* 29/11/2022 14h02 - Atualizado em 29/11/2022 18h06
PT formaliza apoio à reeleição de Lira nesta terça-feira (29)
Lula e Arthur Lira apertaram as mãos durante encontro na residência oficial do presidente da Câmara, em Brasília. - Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação/VEJA

Nesta terça-feira, 29, a federação formada por PT, PC do B e PV se reunir para concretizar o apoio à reeleição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Sendo assim, Lira passará a ter em torno de sua volta 14 partidos, se consolidando como o favorito para comandar a Casa por mais dois anos, a partir de fevereiro de 2023, quando ocorrerá a eleição para a Mesa Diretora.

A estratégia do Partido dos Trabalhadores quer queira ou não, aproxima o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva de Arthur Lira, um dos líderes do centrão e forte aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao longo dos últimos dois anos. Lula e Lira já se reuniram uma vez, em Brasília, duas semanas após o petista vencer a eleição.

O PT quer de Lira o compromisso de que não irá atrapalhar os planos da legenda para presidir a Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara, no ano que vem. Para isso, o PT precisa integrar o maior bloco partidário da Casa, a quem é garantida a preferência na escolha das comissões. No início de cada ano, as legendas se unem em blocos para ocupar espaços de destaque nos postos da casa legislativa.

Nos bastidores, Lira já sinalizou que não vai atrapalhar as articulações do PT. O compromisso de não se mover já é relevante, já que o partido do deputado, o PP, deve formar um outro bloco, que tende a contar com o PL, sigla de Bolsonaro, que também está trabalhando ativamente para conquistar o comando da CCJ.

Embora não admitam publicamente para evitar turbulências com um aliado em potencial, integrantes da bancada do PT têm a expectativa de que, a depender do cenário político, Arthur Lira possa até ajudar o partido nas negociações para formar o bloco mais numeroso, de modo que fique com a CCJ.

O PT compõe uma federação com PV e PCdoB. O modelo de coligação obriga as legendas a atuarem no Congresso como se fossem uma só, na prática, durante pelo menos quatro anos. No plano de formar o maior bloco da Câmara, além dos 80 deputados do PT, PV e PC do B, a ideia é agregar os partidos dispostos a integrar a base do governo Lula, como MDB e PSD.

Com informações do O GLOBO.