Política

Prefeito de Maceió ou secretário? Veja os planos do deputado mais votado de AL

Ayres avisa que tem muitos planos para 2023, mas todos eles passam pela Assembleia Legislativa de Alagoas

Por Blog do Edivaldo Júnior 13/12/2022 13h01
Prefeito de Maceió ou secretário? Veja os planos do deputado mais votado de AL
Alexandre Ayres - Foto: Reprodução/Carla Cleto

Nos últimos dias, os destinos de importantes personagens da eleição de 2022 começou a ter rumos definidos para 2023.

Paulo Dantas vai assumir de novo o governo em janeiro – depois de um mandato “tampão” – e fazer uma gestão com sua marca, mas dando continuidade a obras e ações do governo anterior.

O senador eleito Renan Filho pode virar ministro de Lula ou ocupar um cargo na mesa diretora do Senado, a partir de fevereiro de 2023.

Arthur Lira, deputado federal mais votado de Alagoas em 2022, deve ser reeleito presidente da Câmara Federal. É tudo que ele queria e um pouco mais – ainda que seu poder deva ser um pouco menor no próximo governo se comparado ao atual.

O presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor, tudo indica (ainda há quem fale em algum recurso de última hora) não poderá ser candidato à reeleição, mas poderá ocupar outro cargo na Mesa e, de quebra, eleger sua irmã ou qualquer outro nome indicado por ele para vaga no conselho do Tribunal de Contas.

E o deputado estadual mais votado de Alagoas? Com mais de 61 mil votos, Alexandre Ayres surpreendeu nas eleições de 2022 – resultado que tornou-se expressivo, na avaliação de muitos analistas, em função de sua atuação na área de Saúde.

Mas não foi só isso. Nas suas conversas Ayres gosta de lembrar que também já atuou em outra secretaria (Semarh) no governo de Renan Filho, além da atuação na Associação dos Municípios Alagoas, entre outras atividades que lhe deram “muitos amigos”.

Seja como for, desde o resultado da eleição, o nome dele tem aparecido em diferentes especulações.

A primeira delas, a de que poderá ser candidato a prefeito de Maceió, embalada na popularidade e no perfil do futuro deputado. E o que ele diz? “Não vou discutir isso agora. Nosso grupo tem outros nomes, que deverão ser trabalhados antes”, diz, citando entre os exemplos “Zé Wanderley, Ronaldo Lessa e Rui Palmeira”.

Não é só isso. Nos últimos dias, Alexandre virou “alvo” de críticas aparentemente “disparadas” para tentar evitar um eventual retorno seu a Secretaria de Saúde do Estado – isto no momento em que a Pasta parece enfrentar dificuldades para fechamento das “contas” de final de ano.

Em meio ao “tiroteio” do qual tem sido alvo, conversei com o ex-secretário de Saúde de Alagoas, que se tornou conhecido pelo enfrentamento da pandemia e pela construção de seis novos hospitais e sete novas UPAs durante o segundo governo de Renan Filho (2019/2022).

Ayres avisa que tem muitos planos para 2023, mas todos eles passam pela Assembleia Legislativa de Alagoas.

“Estranho que algumas críticas tenham surgido agora, mais de oito meses depois que deixei a Secretaria. Posso responder pelo que deixei lá. E deixei tudo funcionando, de forma adequada, o que foi possível fazer porque estabelecemos prioridades. Não posso falar pelo que veio depois”, pondera.

Na conversa, Alexandre Ayres evita qualquer crítica ao seu sucessor, o médico Gustavo Pontes de Miranda e adianta que está focado, agora, nos projetos que vai desenvolver como deputado estadual.

“Tenho conversado com futuros colegas. Estou tranquilo, pés no chão. A eleição passou. Tudo foi zerado. Agora, todo deputado tem o mesmo tamanho, o mesmo valor, o mesmo papel, independente da votação que teve. Me considero igual aos outros e vou trabalhar para ajudar os alagoanos e também o governador Paulo Dantas. Faço parte do grupo dele e dos senadores Renan Calheiros e Renan Filho. Vou dar minha contribuição, mas sempre que for preciso vou defender o legado do trabalho que realizamos na Sesau”, aponta.

Prioridades para o mandato, Ayres tem. A Saúde, claro, é uma delas – senão a principal. Na Assembleia Legislativa, ele avisa que fará a defesa do funcionamento prioritário da rede própria, que tem – além dos novos hospitais e UPAs – equipamentos essenciais, a exemplo de HGE e Hemoal.

“Acredito que o melhor caminho é o concurso e vou defender isso. Também avalio como boa a solução do PSS, apesar de sua complexidade”, pondera.

Em tom de desabafo, Ayres revela que as contratações de pessoal que realizou, seja por concurso, PSS ou diretas, ao longo de sua gestão, respeitaram critérios técnicos.

“Não é fácil lidar com a rede estadual, ainda mais quando se enfrentava uma pandemia, sendo necessário abrir rapidamente hospitais para salvar vidas. E graças a Deus conseguimos salvar mais de 15 mil vidas. Encontramos na estrutura servidores que estavam há mais de dez ou 20 anos trabalhando como contratados e eles continuam lá ainda hoje. Fizemos PSS, fizemos concurso, mas foi preciso pela necessidade contratar profissionais de forma direta, em função da celeridade do processo”, aponta.

O que Ayres defende – e deseja para o atual secretário de Saúde – é que a Sesau priorize hospitais e UPAs da rede própria, mas sem deixar de atender a rede filantrópica. “É uma questão de prioridade”, resume. E para ele, repete, a prioridade em 2023 é a Assembleia Legislativa de Alagoas.