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Quatro ministérios e um senador: qual a escolha de Lula e Renan Filho?

Por Blog do Edivaldo Júnior 17/12/2022 18h06
Quatro ministérios e um senador: qual a escolha de Lula e Renan Filho?
Lula e Renan Filho, durante encontro, em Alagoas - Foto: Reprodução

Senador eleito por Alagoas, Renan Filho (MDB) entrou nessa sexta-feira (16/12) no ‘radar’ do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar uma das mais importantes pastas do futuro governo – a do Planejamento.

O ex-governador foi sondado por um emissário do alto escalão de Lula para saber se ele aceitaria assumir o ministério. A favor de Renan Filho no cargo, o seu perfil: economista, com uma gestão que equilibrou as finanças do governo e transformou Alagoas no Estado com maior capacidade de investimento do país. O senador eleito ainda tem no seu currículo bom relacionamento com o mercado.

O Planejamento, pelo peso que tem em qualquer gestão, também interessa ao senador eleito. Seria um novo desafio para a carreira e a oportunidade de participar das principais decisões da política econômica e da gestão do governo federal pelos próximos anos.

O ministério não é o primeiro a ter o ex-governador de Alagoas como provável titular. Indicado como nome da bancada do MDB no Senado para a equipe de transição, Renan Filho poderá ocupar outras Pastas. Até o momento, a especulação mais forte era da nomeação dele para o Ministério das Minas e Energia. Mas também considera-se, ainda, as patas da Integração ou das Cidades.

O problema que se coloca para a efetivação da “escolha” é que ela não depende apenas de Lula ou de Renan Filho.

Ao emissário, o senador eleito reforçou que sua indicação é de bancada e que os senadores do MDB preferem o que classificam de “ministério fim”, ou seja que atue diretamente na entrega de obras ou ações que ajudem na manutenção ou crescimento de suas bases eleitorais.

Em tese, Renan Filho não pode nem vai aceitar o ministério sem aval da bancada, que “aparentemente” para não tem interesse quem no Planejamento.

A equação terá que ser resolvida pelo presidente eleito. Lula poderá “convencer” os senadores do MDB a aceitar a indicação de Renan Filho no Planejamento – e tem muitos “argumentos” para isso. Com isso daria a futura equipe econômica do governo um nome com capacidade de diálogo e trânsito no mercado financeiro de um lado. Do outro teria alguém de fora do PT dentro do “núcleo duro” do governo, o que ajudaria na tomada de decisões.

O desfecho sairá nos próximos dias. E tudo aponta a indicação de Renan Filho como ministro do Planejamento. Até porque tem gente com influência e capacidade de diálogo trabalhando para isso.

Queda de braços


A ida de Renan Filho para o Planejamento ajudaria Lula a resolver problemas na formação de sua equipe. O Ministério das Minas e Energia, por exemplo, passou a ser reivindicado também pelo União Brasil na Câmara, vaga que seria ocupada pelo deputado federal Elmar Nascimento, da Bahia.

E quem ajuda na articulação do União Brasil é o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) Arthur Lira, adversário local de Renan Calheiros e Renan Filho.

Elma é aliado próximo de Arthur Lira e, segundo informações da imprensa nacional, outro grande interessado em sua nomeação para o ministério de Lula é o empresário Carlos Suarez, do setor de gás.

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