Política
“Fui pego de surpresa com essa carta”, aponta presidente do PT em AL
Ele lembra que numa conversa com Paulo Dantas, no sentido de montar o secretariado, foi feito o encaminhamento o interesse do PT em manter as secretarias que já tinha e também manter os secretários – Gino César e Maria José
A Executiva do PT em Alagoas faz reunião nesta sexta-feira (30/12) para discutir a indicação de cargos para o governo de Paulo Dantas (MDB) e o futuro governo de Lula (PT) no Brasil. O encontro foi marcado – coincidência ou não – após carta aberta assinada pelo deputado estadual Ronaldo Medeiros (PT) e outros três candidatos que disputaram as eleições para a Assembleia Legislativa este ano – Judson Cabral, Welton Roberto e Basile Christopoulos.
O presidente do PT em Alagoas, Ricardo Barbosa, disse que “foi pego de surpresa” pela carta e reforça que as indicações serão feitas a partir de decisões democráticas pelas instâncias partidárias.
“O deputado Ronaldo Medeiros voltou ao PT agora nas eleições deste ano, nos alegrou muito, trazendo um mandato de um deputado estadual de volta aoo partido, mas é importante frisar que o PT seguiu existindo enquanto o Ronaldo Medeiros esteve fora, inclusive fazendo parte do governo estadual, na época com a nomeação da companheira Maria para a Secretaria da Mulher e Direitos Humanos”, aponta o presidente do PT.
Ricardo Barbosa lembra que numa conversa com Paulo Dantas, no sentido de montar o secretariado, foi feito o encaminhamento o interesse do PT em manter as secretarias que já tinha e também manter os secretários – Gino César e Maria José.
“Inclusive o Paulo o governador nos lembrou que a Arsal, que é um órgão do governo, que o deputado Ronaldo Medeiros coordena do ponto de vista político, também está dentro da órbita da indicação do Partido dos Trabalhadores, das suas instâncias. Então amanhã vamos nos reunir para discutir, se vamos referendar ou não os encaminhamentos que fizemos ao governador Paulo Dantas ou se vamos tomar outros rumos. Mas nenhuma indicação do PT, para cargos federais ou estaduais, nenhuma passará por fora da Executiva do partido. Quem indica os cargos é o PT, não é o deputado Ronaldo ou Paulão, não é o presidente Ricardo Barbosa, é o PT, através de suas instâncias. E amanhã vamos discutir as indicações dos cargos estaduais (Semudh, Semarh e Arsal) se vamos manter ou não essas discussões e vamos discutir critérios para futuras indicações, se houver”, explica o presidente do PT.
“Somos organização que tem direção e vamos agir dessa forma, não vamos privilegiar nenhuma personalidade, em detrimento das instâncias partidárias. O PT é formado por correntes e forças internas. É esse equilíbrio que faz com que o PT seja totalmente democrático em suas decisões. Agora quem for minioria, quem não puder compartilhar de uma indicação infelizmente terá que aceitar a decisão do partido que se expressa através de suas instâncias deliberativas”, reforça Barbosa.