Política

Bolsonaro gastou quase R$ 14 mil em padaria de Maceió no cartão corporativo

Presidentes tiveram compras no cartão corporativo divulgadas pelo informativo Fique Sabendo

Por Redação* 13/01/2023 15h03 - Atualizado em 13/01/2023 16h04
Bolsonaro gastou quase R$ 14 mil em padaria de Maceió no cartão corporativo
Bolsonaro faz uma simples refeição em foto divulgada em suas redes sociais - Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve em Alagoas em três ocasiões durante seu mandato. Em uma delas, quando entregou residências populares no município de Teotônio Vilela, interior do estado, em 28 de setembro de 2021, houve gasto de quase R$14 mil reais em uma padaria de Maceió, capital alagoana. 

As informações foram apuradas pelo portal Folha de Alagoas e podem ser conferidas neste link. De acordo com o boletim divulgado pelo portal Fique Sabendo, que divulgou os gastos dos cartões corporativos de todos os presidentes da República desde 2002, Bolsonaro fez compras na Panificação Alteza, com unidades nos bairros da Ponta Verde e Pajuçara, nos valores de R$ 12.840 e outra de R$ 1.111, totalizando R$ 13.951.

Mais cedo, em 13 de maio do mesmo ano, o ex-presidente participou de solenidade em Maceió e depois inaugurou trecho do Canal do Sertão, em São José da Tapera. Houve gastos de mais de mais de R$ 48 mil, entre hospedagens, combustíveis e alimentação.

O boletim mostra mais de 23 mil reais gastos no Hotel Ponta Verde. O valor, de acordo com informações obtidas no site oficial do hotel para uma acomodação simples, corresponde a 56 diárias. Bolsonaro, porém, não pernoitou em solo alagoano. Já no Sertão, o local escolhido foi o Hotel Aline Bristol, em Delmiro Gouveia, onde a despesa chegou a R$ 23.057, juntando quatro notas fiscais de hospedagem e alimentação.

Também houve R$ 2.427 gastos no Maxi Posto de Combustíveis, na Gruta de Lourdes, em Maceió, além de R$ 200 em almoço num restaurante na cidade de Piranhas. Bolsonaro ainda esteve em Alagoas em outras oportunidades, como na motociata do dia 28/06/2022, porém, não constam compras no cartão corporativo.

O cartão corporativo foi criado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 2001.De acordo com o Decreto 5.355 de 25 de janeiro de 2005, em seu Artigo 1º, o uso do cartão corporativo se dá para “pagamento das despesas realizadas com compra de material e prestação de serviços, nos estritos termos da legislação vigente” e não tem a obrigatoriedade de licitação, uma vez que as compras só podem ser realizadas em valores abaixo dessa necessidade ou quando há a exigência de pronto pagamento. Contudo, seu uso segue os princípios da administração pública de transparência, impessoalidade, moralidade e eficiência.

*Com informações do Folha de Alagoas