Política
Milagres e Sertão: Governo define com concessionárias obras prioritárias para AL
Além dos cerca de R$ 3,6 bilhões pagos pela concessão, as três empresas terão que fazer investimentos de mais de R$ 5,4 bilhões, sendo 3,6 bilhões nos próximos 5 anos
O governo de Alagoas está definindo com concessionárias de saneamento obras prioritárias. Os investimentos deverão ser realizados pelas três operadoras – BRK, Águas do Sertão e Verde Alagoas – como contrapartida do contrato de exploração dos serviços de água e esgoto pelos próximos 35 anos.
Além dos cerca de R$ 3,6 bilhões pagos pela concessão, as três empresas terão que fazer investimentos de mais de R$ 5,4 bilhões, sendo 3,6 bilhões nos próximos 5 anos.
A definição das obras será realizada a partir de um comitê gestor, formado por representantes do governo do Estado e das concessionárias.
Em Alagoas, a representação do governo no comitê é da Secretaria de Governo, Segov. Esta semana. saíram as primeiras definições.
“O governador Paulo Dantas definiu como prioridades a construção de um novo sistema em São Miguel dos Milagres, obra que vai beneficiar o litoral norte, fortalecendo a vocação da região para o turismo”, aponta o secretário de Governo, Vítor Pereira.
A execução da obra, que deve ficar em R$ 200 milhões, será de responsabilidade da Verde Água, concessionária de saneamento no Bloco C, que abrange 27 cidades na Zona da Mata e Litoral.
A Águas do Sertão será responsável pela recuperação e duplicação da adutora de Belo Monte. O objetivo é fortalecer o abastecimento na região, que ainda segue com capacidade instalada abaixo da demanda. O valor do investimento não foi informado. A empresa é concessionária do bloco B, que inclui 34 municípios nas regiões do Agreste e Sertão de Alagoas.
As duas empresas farão investimentos da ordem de R$ 2,9 bilhões, sendo R$ 1,6 bilhão nos próximos 5 anos.
A BRK, concessionária de saneamento nos 13 municípios da região metropolitana de Maceió, terá de fazer investir R$ 2,6 bilhões em infraestrutura ao longo do período de concessão, sendo R$ 2 bilhões nos próximos 5 anos.
A empresa ainda não definiu com o governo suas prioridades, em função de “dificuldades na realização de obras” em Maceió.
Vítor Pereira explica que o governo fiscalizará os contratos, definindo prioridades com as concessionárias, dentro do que foi estabelecido no contrato. “Esse acompanhamento será realizado por vários órgãos e com a ajuda de outros secretários, a exemplo de George Santoro (Fazenda)”, aponta.