Política

Base de Bolsonaro, PP deve indicar filho de Luciano Barbosa para cargo federal em AL

Avaliação é de que aproximação de Arthur Lira com presidente Lula deve abrir espaço para nomes como o do deputado eleito Daniel Barbosa

Por Redação* 17/01/2023 15h03 - Atualizado em 17/01/2023 15h03
Base de Bolsonaro, PP deve indicar filho de Luciano Barbosa para cargo federal em AL
Luciano e o filho, deputado federal eleito Daniel Barbosa, beneficiado em poder fazer indicação de cargos, graças à aproximação de seu partido com governo Lula. - Foto: Reprodução/Redes sociais

Em avaliação realizada por um integrante da chamada frente ampla, futuras lideranças do Progressistas, um dos partidos que mais deu mais sustentação ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverão, em Alagoas, fazer indicações a cargos federais.

E isso pode se dar por causa da aliança de legendas que se formou em torno do nome do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no turno final das eleições do ano passado. 

Um dos beneficiados pelos acordos de Lira e Lula, deve ser o deputado federal eleito Daniel Barbosa (PP) – eleito com 63,3 mil votos, filho do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa (MDB). 

Em entrevista ao portal Acta, a liderança, que não quis ser identificada, afirmou que "essa aproximação do PP com o [presidente] Lula deve resultar em aliança – formal, oficializada”.

“E assim, até o PP vai indicar nomes para os cargos federais em Alagoas – alguma dúvida? Até o filho do Luciano [Barbosa] vai indicar; o Arthur Lira vai indicar”, acrescentou, contestando projeção de que apenas legendas da aliança (entre os quais PT e MDB) farão as indicações.

Os órgãos em Alagoas federais são os seguintes: Aeronáutica, AGU, ANVISA, Banco do Brasil, BNDES, CBTU, Codevasf, CONAB, Correios, Departamento Central de Aposentados, DNIT, DNOSC, DSEI, EBSERH, Exército, Funai, Funasa, Ibama, Ifal, Iphan, Incra, INSS, Marinha, Ministério da Agricultura, Ministério da Economia, Ministério da Saúde, Ministério das Minas e Energia, Ministério do Trabalho, PF, PRF, Receita Federal, SESAI e UFAL. 

Para alguns deles, porém, a indicação não é feita sequer por caciques políticos alagoanos. É o caso, por exemplo, do comando de unidades militares.  Igual procedimento deve se dar em relação a órgãos como AGU e Banco do Brasil, cujos dirigentes locais são designados pela direção nacional das instituições.

Já dos Correios, a escolha é de servidor de carreira, e de instituições como IFAL e UFAL, a escolha dos respectivos reitores se dá por eleição na comunidade acadêmica.

De acordo com liderança política de legenda que compõe a base de sustentação que elegeu o governo federal, ouvida pela reportagem, os critérios próprios de alguns desses órgãos, na prática, deverão reduzir o número de nomeações por padrinhos políticos para algo em torno de vinte cargos de direção de órgãos federais em Alagoas.

Mas, a aproximação de Lira com o presidente eleito deve abrir espaço para o PP fazer a indicações – avalia uma das lideranças.

*Com informações do Acta