Política

Com escolta policial, sessão sobre orçamento termina em tumulto no interior de Alagoas

Desde o ano passado o município vive um imbróglio devido a não apreciação da LDO e da LOA na Casa

Por Redação* 08/02/2023 15h03 - Atualizado em 08/02/2023 15h03
Com escolta policial, sessão sobre orçamento termina em tumulto no interior de Alagoas
Ao final da sessão, populares tomaram à frente da Câmara, em protesto, e o presidente da Casa precisou de escolta policial para deixar o local. - Foto: Reprodução/Internet

Vivendo desde o ano passado um imbróglio devido a não apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) pela Câmara de Vereadores de Porto Real, a sessão desta terça-feira, que deveria discutir o assunto terminou em tumulto.

De acordo com informações do Cada Minuto, no dia 2 de agosto de 2022, o projeto da LDO foi protocolado, já o projeto de Lei Orçamentária Anual foi protocolado no dia 07 de dezembro de 2022, cujo prazo terminaria no dia 15 de dezembro do corrente ano. Porém, até o presente momento, o então presidente da Casa, Tiago das Flexeiras e o atual presidente, Ricardo Alagoano, não deram andamento aos trâmites para que as matérias fossem apreciadas, conforme informado por vereadores situacionistas.

Uma atitude do presidente da Casa, nesta terça (07), causou revolta não apenas nos vereadores, mas também na população que assistia à sessão presencialmente, na galeria do Plenário. Após convocação extraordinária para votação dos projetos, o presidente voltou atrás, só permitindo dois vereadores utilizar a tribuna, depois de um desentendimento com uma professora presente. Tiago das Flexeiras encerrou a sessão, sob vaias e protestos.

Os vereadores da base ameaçaram judicializar as decisões monocráticas do presidente, a exemplo do não cumprimento da “votação simples” ao orçamento, votada na sessão anterior, como também, o indeferimento da Mesa Diretora para a eleição do novo vice-presidente, de acordo com decisão judicial.

De acordo com os vereadores Lobão, Isabelita Enfermeira, Dé do Retiro, Zé Belarmino, Joselito Rosendo, Ricardo de Léo, Titinho Militão, a decisão da Mesa Diretora está ferindo a soberania do parlamento, cerceando a palavra e utilizando subterfúgios do setor Jurídico da Câmara, que só atende a oposição, para prejudicar qualquer aceno positivo ao Poder Executivo Municipal.

“Nossa preocupação é com o andamento dos serviços públicos, é com obras, é com o Bolsa Real, é com o reajuste dos professores, com a festa de Bom Jesus dos Navegantes, que gera emprego e renda e será cancelada por todo imbróglio. Enquanto eles visam maltratar o gestor, o nosso povo é quem está sofrendo”, destacou Isabelita.

Ao final da sessão, populares tomaram à frente da Câmara, em protesto, e o presidente da Casa precisou de escolta policial para deixar o local.

Veja vídeo: