O deputado Galba Novaes (MDB) não mediu palavras ao falar da empresa Braskem, no plenário na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), nesta última terça-feira, 14. Segundo o parlamentar, a empresa possivelmente pretende construir condomínios em área afetada pela mineração. "Hoje, visitando a área proibida, observo que o local está uma maravilha e suspeito de que lá farão um grande loteamento", avisou, afirmando que a Braskem comprou "a preço de banana" uma região nobre". 

Galba também citou casos chocantes de pessoas que perderam tudo, relatados em sessão especial sobre o tema ocorrida em 2019, lembrando que todos os envolvidos (incluindo agentes da Justiça, ciência e moradores) estavam no evento, mas nenhum representante da Braskem. "Aquilo é nosso, da sociedade, não da empresa, e é uma área com o valor de três anos de orçamento do Estado", clamou o deputado.

O parlamentar ainda acusou a empresa ter superestimado à imprensa a gravidade geológica dos poços de sal-gema, para se apossar da estrutura física do local, se apropriando de uma área de R$ 40 bilhões de Maceió. Segundo ele, a Braskem causou o maior desastre ambiental mundial. "Durante 5 anos também vem contaminando a sociedade com um marketing forte, fazendo com que as pessoas se apaziguassem com os problemas", afirmou. 

Para ele, a sociedade e os governantes têm que se manifestar, pois após os 5 anos, ao invés de fecharem as minas de sal, eles (Braskem) priorizam caçambas cheias de barro, acusou o deputado, sobre o processo de gentrificação do local. 

 *Com ALE.