Política

Renan Calheiros compara Lira a general da Ditadura: "Quer rasgar a Constituição"

O senador usou o Twitter para expressar seu descontentamento com o presidente da Câmara

Por Natália Brasileiro* 22/03/2023 12h12 - Atualizado em 22/03/2023 14h02
Renan Calheiros compara Lira a general da Ditadura: 'Quer rasgar a Constituição'
Senador Renan Calheiros - Foto: Reprodução

O senador alagoano Renan Calheiros (MDB) usou as redes sociais nesta manhã (22) para atacar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Na postagem, Calheiros compara Lira à Artur Costa e Silva, general que, quando presidente, baixou o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), um decreto violento que suspendeu os direitos políticos de diversos cidadãos durante a Ditadura Militar no Brasil.

"Há 55 anos, Artur Costa e Silva editou o AI5. Outro tiranete, Arthur também, quer rasgar a Constituição e baixar o LIRA AI 2,5", disse o senador, fazendo referência ao decreto e afirmando ainda que o deputado federal quer fechar o Senado e acabar com as funções realizadas por ele.

De acordo com o portal Isto É, Lira teria rejeitado um acordo debatido desde a última semana por parlamentares governistas para alterar o rito das Medidas Provisórias, o que estaria causando um impasse que paralisa há meses a votação de algumas propostas editadas pelo governo Lula no Congresso, sendo este o motivo das farpas disparadas por Renan.

O portal alega ainda que, segundo duas fontes, uma do Congresso e outra do Palácio do Planalto, Lira quer manter o atual rito, da época da pandemia de Covid, em que todas as medidas começam pela Câmara.

Na época, o rito de tramitação das MPs foi alterado pelo Congresso para abreviar a forma de discussão e votação desse tipo de matéria, extinguindo temporariamente as comissões mistas que tratavam das MPs, fazendo com que as medidas fossem enviadas diretamente para o plenário da Câmara, cabendo ao presidente, Arthur Lira, indicar o relator e controlar o ritmo da pauta.

Ainda na postagem, Renan continuou o alfinetando e declarou que medidas provisórias são apenas isso, provisórias, mas a democracia é para sempre.

"As MPs são provisórias. A democracia, a separação dos poderes e o bicameralismo são para sempre", finalizou.

Confira:



*Estagiária sob supervisão