Política
Deputado pede ao governo celeridade na entrega de sementes a produtores alagoanos
Fernando Pereira, líder do Progressistas na Assembleia Legislativa, tratou do assunto no plenário da Casa
O deputado Fernando Pereira, líder do Progressistas na Assembleia Legislativa de Alagoas, pediu celeridade ao Governo do Estado e a Secretaria de Agricultura na entrega de sementes aos agricultores, produtores e associações nos 102 municípios. O apelo foi feito nessa quarta-feira (22), no Plenário da Casa.
"Foram aprovados no dia 27 de dezembro do ano passado, pelo Fecoep, R$ 20 milhões para a compra das sementes e já passou o dia tradicional do plantio para os agricultores,19 de março, Dia de São José, dia de plantar as sementes para quem quer comer o milho no São João", pontuou Fernando.
O parlamentar também relatou sua felicidade em participar, pela manhã, do lançamento da 10ª edição do projeto Barriga Cheia, em Campo Alegre, juntamente com o prefeito Nicolas Pereira, o vice-prefeito, Leonardo Monteiro, vereadores, secretários e a população em geral.
"Esse projeto me faz recordar muito de seu idealizador, o meu saudoso pai, o prefeitão João José. E quando meu irmão, Joãozinho, foi eleito prefeito de Teotônio Vilela, fez o projeto em tamanho bem maior, em parceria com as usinas situadas na região, na época a Seresta, Guaxuma, Sinimbú e Coruripe e, agora, a Porto Rico".
O deputado informou que, com o apoio das usinas, foram disponibilizadas cerca de 1.500 tarefas de terra para plantio, e a Prefeitura de Campo Alegre entregou, inicialmente, mais de 1.500 quilos de sementes, adquiridas com recursos próprios, beneficiando em torno de 800 famílias "que irão colher o seu feijão para ter em sua mesa e saciar a fome e a sobra ainda poder dar aos familiares e comercializar na feira". Ao final, serão aproximadamente 60 quilos de feijão por beneficiário.
Caso as sementes não sejam entregues pelo Estado, o Município deve adquirir mais cinco toneladas de sementes para atender todo o projeto.
Fernando Pereira fez ainda referência ao Dia Mundial da Água, lembrando que pôde contribuir com o tema quando ocupou o cargo de secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a convite do então governador Renan Filho.
"Lá pudemos recuperar várias nascentes, ajudar bacias hidrográficas do estado e também fazer vários projetos em benefício de Alagoas, porque água é vida, mas também pode ser morte", afirmou, citando que, dentre os projetos que tentou destravar em busca de recursos está o Prohidro, que vem desde o tempo do governador Teotônio Vilela.
"Pelo programa seriam construídas seis barragens nos rios Ipanema, Coruripe, São Miguel, Paraíba e Mundaú, ao custo de em torno de R$ 500 milhões. Armazenariam mais de 700 milhões de metros cúbicos de água, trariam incremento de mais de R$ 2 bilhões para a economia de Alagoas, além de evitarem enchentes, com os barramentos", prosseguiu.
Reforçando que água é vida, mas também pode ser morte, Fernando Pereira lembrou que, em 2001, quando Joãozinho assumiu a Prefeitura de Teotônio, o município era conhecido como a "Cidade dos anjinhos", pois praticamente todos os dias havia enterros de crianças.
"Descobrimos que o problema estava na água que as crianças bebiam, tomavam banho, porque não tinha água encanada e os moradores faziam a cisterna, a cacimba, próxima da fossa. No subsolo, as águas se encontravam e as famílias tomavam água contaminada. Graças a Deus e ao empenho de todos, Joãozinho, o deputado Arthur Lira e o então senador Benedito de Lira, foi possível construir a adutora para levar água encanada a todos os vilelenses".
Por fim, o deputado reiterou as críticas feitas por colegas que o antecederam ao abastecimento de água e esgotamento sanitário na região metropolitana. "Fico feliz por essas cidades, Campo Alegre, Teotônio, não terem participado da venda da água do SAAE, porque o que vejo hoje são os deputados falarem do mau serviço prestado pelas empresas BRK, e do consórcio Águas do Sertão. Em Junqueiro, por exemplo, a empresa Águas do Sertão não toma conta nem do saneamento. É uma fedentina nas ruas, que os moradores estão saindo de suas casas e alugando outras casas para morar", concluiu.