Política

Presidente Lula retira Correios e outras estatais de programas de privatização

EBC, DataPrev, Serpro e Telebrás também foram retiradas

Por Redação com Metrópoles 07/04/2023 09h09
Presidente Lula retira Correios e outras estatais de programas de privatização
Lula e Simone Tebet. - Foto: Ricardo Stuckert

O governo federal e o presidente Lula (PT) retiraram os Correios de programas de desestatização, nesta última quinta-feira (6/4). A medida foi anunciada por meio de edição extra do Diário Oficial da União. Conforme a publicação, outras empresas estatais que haviam sido remetidas para programas de privatização durante o governo do ex-presidnete Jair Bolsonaro (PL) também não fazem mais parte da lista. 

No total, foram excluídas sete empresas do Programa Nacional de Desestatização (PND) e três do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Confira quais são:

PND:


Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
Empresa Brasil de Comunicação (EBC)
Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev)
Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep)
Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro)
Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (ABGF)
Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A. (Ceitec)

PPI:

Armazéns e imóveis de domínio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA)
Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras)

Já no dia da posse, em 1º de janeiro, o presidente Lula assinou um despacho determinando a revogação de processos de privatização de oito estatais, incluindo a Petrobras e os Correios. A justificativa para a decisão foi “assegurar uma análise rigorosa dos impactos da privatização sobre o serviço público ou sobre o mercado”. 

Na quarta-feira (5), o Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos recomendou que o governo fizesse a exclusão dos Correios e da Telebras do PND.

Privatização dos Correios


Em fevereiro de 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro entregou ao Congresso Nacional o projeto de lei que abria caminho para a privatização dos Correios. O governo havia escolhido um modelo de privatização que previa a venda de 100% da estatal. A proposta foi aprovada na Câmara em agosto daquele ano. No entanto, a privatização dos Correios travou no Senado. 

A defesa dos interessados na pauta seria a modernização dos serviços de correspondência e melhoria da concorrência e ambiente de negócios. Porém, os apoiadores da estatal alegam que agências no interior seriam fechadas. No total, são 11 mil espalhadas pelo país, segundo dados de 2021.
Mais do que correspondências

Além do envio de correspondências, nas agências é possível realizar operações financeiras, fazendo dos Correios uma solução para áreas isoladas do país.

Tipos de Transações;
Depósito e saque (conta digital);
Recebimentos de contas de água, luz, telefone, títulos, tributos e realizar doações para instituições autorizadas, nas agências credenciadas dos Correios;
Aporte e saque (conta digital Surf Pay): pessoas físicas e jurídicas
Recebimentos de contas, títulos e tributos: pessoas físicas; 

Os Correios também recebem pagamento das cobranças emitidas por empresas e recebimento de doações para entidades filantrópicas e organizações com ou sem fins lucrativos. 

Além das transações citadas, as agências emitem documentos (CPF) e fazem consulta sobre restrição dos nomes e outros serviços diversos.