Política
Audiência pública na ALE reúne alunos e servidores da educação para debater o Novo Ensino Médio
Debate aconteceu na última sexta-feira (14) na Assembleia Legislativa de Alagoas
Na última sexta-feira (14), a Assembleia Legislativa de Alagoas foi palco para estudantes e servidores da educação discutirem, pela primeira vez no Brasil, sobre o Novo Ensino Médio. Promovida pelo deputado estadual Bruno Toledo e pelo deputado federal e ex-secretário de Educação de Alagoas, Rafael Brito (MDB), a audiência pública contou com a presença de alunos, professores, gestores e representantes de Sindicatos e movimentos estudantis.
Diversos pontos sobre o NEM foram levantados na audiência, entre eles a implementação dos itinerários formativos e a falta de estrutura nas escolas para aplicação das ações, a redução na carga horária de disciplinas de base e a falta de uma coordenação nacional para a implantação do novo Ensino Médio.
De acordo com o deputado federal, Rafael Brito, atualmente a lei 13.415/2017 é muito mais nociva do que benéfica, principalmente para quem faz parte da rede estadual, e o momento de debate foi importante para ouvir opiniões e soluções para que o NEM seja aprimorado.
“Muitas questões que envolvem o Novo Ensino Médio precisam ser revistas para que efetivamente a educação avance. Tenho defendido nas reuniões da Comissão de Educação, em Brasília, que não podemos, por exemplo, deixar que os alunos concluam os estudos com uma lacuna na sua formação básica. Saio dessa audiência com muitas provocações pertinentes de quem, de fato, faz e vive o NEM no chão da escola”, disse o parlamentar.
Para a gestora da escola estadual Santos Dumont (Rio Largo/ AL), Aurea Vasconcelos, a reforma do Novo Ensino Médio precisa ser feita para funcionar e para dar certo.
“Acredito que todos aqui defendem a reforma. O nosso aluno de escola pública precisa de biologia, de matemática, física e química para ter uma educação de qualidade, para passar no ENEM, para que ele seja aprovado na UFAL e em outras faculdades. Não vamos conseguir avançar na educação básica sem a base ofertada em sala de aula”, explicou a professora.
Segundo o ex-secretário de educação, se esse debate tivesse acontecido em 2017, ouvindo professores e servidores da educação e se houvesse uma coordenação nacional nessa implementação, muitas dessas questões não precisariam estar sendo discutidas 6 anos após a aprovação da lei.
“Nenhum estado no Brasil e nenhuma Assembleia Legislativa promoveu uma audiência pública para ouvir as pessoas que estão vivenciando neste momento os problemas do Novo Ensino Médio. Fico feliz em ter contado com a participação de todos presentes e tenho certeza que saio dessa audiência com grandes contribuições para levar para a Comissão de Educação, em Brasília”, concluiu.
Estiveram presentes na sessão representantes de movimentos estudantis, a professora Cledilma Costa, representante do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e representantes da Secretaria de Estado da Educação.
*Com assessoria