Política

Deputado revela maior “pecado” no pagamento de indenizações da Braskem

“O maior pecado da empresa é que ela tem forçado as vítimas a assinar junto com o acordo para indenização do imóvel o acordo por danos morais"

Por Blog de Edivaldo Junior 20/04/2023 05h05
Deputado revela maior “pecado” no pagamento de indenizações da Braskem
Rafael Brito - Foto: Reprodução

Em números atualizados, o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF) da Braskem teria atendido, segundo a própria companhia, entre famílias, comerciantes e empresários da área de desocupação e monitoramento em Maceió:

– 14,5 mil imóveis identificados na área de desocupação e monitoramento

-14,3 mil imóveis já desocupados

– 18,8 mil propostas de compensação apresentadas

– 16,2 mil indenizações pagas

– 6 mil propostas de compensação apresentadas para comerciantes e empresários

A companhia teria pago mais de R$ 3,4 bilhões em indenizações, auxílios financeiros e honorários de advogados.

O problema, na avaliação do deputado federal Rafael Brito (MDB-AL), é que diferente do que diz a Braskem, não houve acordo para esses pagamentos. “O maior pecado da empresa é que ela tem forçado as vítimas a assinar junto com o acordo para indenização do imóvel o acordo por danos morais. Quem não assina, não recebe. Pelo que sabemos, o valor pago por danos morais é muito baixo”, resume.

Rafael Brito acompanhou reuniões promovidas pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) com o governador Paulo Dantas (MDB) e o procurador Geral de Justiça de Alagoas, Márcio Roberto, na segunda-feira (17/4). Após os encontros, o deputado, que tem familiares entre as vítimas do crime ambiental nos bairros de Maceió, disse que vai reforçar a luta ao lado de Renan Calheiros e das associações das vítimas.

“Vamos continuar denunciando a empresas e atuando em Alagoas e em Brasília para que a companhia não tenha nenhuma movimentação acionária antes de resolver suas pendências com Alagoas, Maceió e com as vítimas. A Braskem não pode resolver seu problema sem antes resolver o problema das pessoas que foram atingidas, ou dos entes públicos”, aponta.