Política
“A Braskem vai ter que negociar e pagar pelos danos a AL”, diz governador
A audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), realizada na segunda-feira (8), foi marcada por duras críticas à empresa petroquímica Braskem.
A empresa foi acusada de não compensar adequadamente as vítimas da tragédia de março 2018, caracterizada pelo afundamento do solo de cinco bairros de Maceió em consequência da extração excessiva de sal-gema. O crime ambiental teria afetado cerca de 200 mil pessoas.
Entre os debatedores convidados, o governador Paulo Dantas (MDB), não poupou críticas a Braskem e relatou que o Estado de Alagoas teve perdas de mais de R$ 3 bilhões somente na arrecadação de impostos, em decorrência da “tragédia” provocada pela Braskem.
Os danos provocados pela empresa na economia do Estado são muito maiores. E segundo o governador ainda estão sendo levantados criteriosamente. O governo também aponta perdas em função de investimentos públicos realizados na região atingida (vias, prédios e redes de água e esgotos, entre outros).
Diante da nova movimentação em torno do caso provocada por iniciativa do senador Renan Calheiros (MDB-AL), o governador Paulo Dantas avalia que a Braskem não terá outra alternativa a não ser negociar um acordo justo com as vítimas, com a prefeitura de Maceió e com o governo de Alagoas. “A Braskem terá que pagar pelos danos a Alagoas, por isso acredito que a melhor saída para ela será a negociação”, aponta
“Diante dessa iniciativa do senador Renan Calheiros, a empresa sabe que vai precisar fazer de fato uma negociação justa com todas as partes afetadas. Nós não podemos, nem vamos aceitar que a Braskem seja vendida, que resolva seu problema, sem antes resolver o problema de Alagoas”, aponta o governador.
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