Política
Governo exonera diretor do MEC investigado em esquema de kits de robótica em AL
Exoneração foi publicada na edição de hoje (5) do DOU (Diário Oficial da União), mas a decisão é válida desde 1º de junho
Um dos alvos da PF na operação que investiga fraudes e lavagem de dinheiro na venda de kits robótica para escolas em Alagoas, Alexsander Moreira, diretor de Apoio à Gestão Educacional da Secretaria de Educação Básica do MEC (Ministério da Educação), foi exonerado do cargo. O setor é responsável por avaliar o cumprimento de metas do PNE (Plano Nacional de Educação) pelos municípios e recomendar o repasse de verbas.
A exoneração foi publicada na edição de hoje (5) do DOU (Diário Oficial da União), mas a decisão é válida desde 1º de junho. A portaria é assinada pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil.
Moreira é apontado como aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e foi afastado logo após a PF deflagrar a investigação.
Esquema de kits de robótica
Moreira é alvo de investigação de desvio de dinheiro do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Entre 2019 e 2022, licitações de kits robótica foram feitas para 43 municípios em Alagoas com dinheiro do FNDE, ligado ao MEC.
No governo de Jair Bolsonaro (PL), período das investigações, Alexsander Moreira atuou como coordenador de redes de infraestrutura educacional. No governo Lula, ele virou diretor de Gestão Educacional.
Segundo a PF, as contratações teriam sido ilegalmente direcionadas à Megalic. A empresa em questão é fornecedora dos equipamentos de robótica para as prefeituras do estado de Alagoas.
Moreira teve R$ 737 mil em movimentações financeiras consideradas suspeitas. Parte dessas movimentações são depósitos em dinheiro vivo em suas contas, realizados entre outubro de 2021 e novembro de 2022.
Alexsander recebeu três depósitos que chamaram a atenção da PF. O autor dos pagamentos foi um homem cuja empresa foi representada por Edmundo Catunda, sócio da Megalic.
Há mais uma conexão de Moreira com a investigação. O diretor afastado do MEC trabalhou durante dois anos na Pete, a fornecedora dos equipamentos robóticos da Megalic.
*Com UOL